Unidade marcou ato público nesta quinta-feira, 29. Professores da Ufes engrossaram o protesto “Fora Temer” e contra projetos que atacam direitos trabalhistas e sociais
Docentes, trabalhadores técnico-administrativos da Ufes se uniram a outras categorias do serviço público e trabalhadores em geral nesta quinta-feira, 29, para protestar contra as medidas anunciadas pelo governo de Michel Temer para as leis trabalhista e previdenciária. Com bandeiras, cartazes e ao 
som de tambores e de carro de som, os manifestantes denunciaram também o desmonte do serviço público imposto pela PEC 241 quanto pelo PLP 257; a terceirização de serviços, além das reformas do ensino médio.
“Esse presidente decidiu, por Medida Provisória (MP 746/16), impor mais um retrocesso, desta vez prejudicando aos filhos dos trabalhadores”, destacou um dirigente pelo microfone do carro de som que seguia à frente do ato. No início da manhã, os manifestantes se concentraram em frente ao Teatro da Ufes (campus Goiabeiras), e por volta de 9h30, ocuparam parte da Avenida Fernando Ferrari, seguindo para a frente da sede da Federação das Indústrias (Findes) e da Petrobras, na Avenida Reta da Penha.
“Hoje é apenas um aquecimento porque sabemos que os desafios que estão por vir são muitos e iremos seguir nas ruas contra qualquer retirada de direitos dos trabalhadores”, destacou o diretor da Adufes, Fábio Corrêa de Castro. Durante todo o trajeto da manifestação, os trabalhadores e estudantes universitários e secundaristas gritavam palavras de ordem pedindo a saída do presidente Temer.
Os manifestantes aproveitaram para entregar panfletos a pedestres e motoristas. Os materiais de divulgação destacam o desmonte e a precarização dos serviços públicos que prejudicam toda a população, nos diversos ramos, educação, saúde, previdência social, dentre outros.
Vampiros à solta. De forma irreverente, um grupo de trabalhadores/as da Ufes se vestiu com roupas de vampiro para pedir o “Fora Temer”. Na frente, outro destaque: uma diretora do Sintufes se vestiu de Frozen. O figurino, inspirado na animação da “Frozen – Uma Aventura Congelante”, representa o congelamento de salários e de concursos públicos.
Participaram do ato diversos movimentos sindicais e populares. O protesto foi promovido pela Frente Estadual em Defesa da Previdência Social, dos Direitos Trabalhistas e Serviços Públicos – da qual a Adufes faz parte -, centrais sindicais e movimentos sociais e estudantis. “É um ato contra a ilegitimidade desse governo, contra as reformas da Previdência Social, da CLT, contra as privatizações das estatais”, disse Lujan Miranda, assessora política do Sindiprev e da coordenação da Frente Estadual da Previdência.
“Temos que unificar a luta porque esse desmonte vai continuar”, ressaltou o professor Gabriel Luchini, do Departamento de Física da Ufes e filiado à Adufes. Ao lado, o colega da área de Matemática, Leonardo Câmara, manifestou sua preocupação com o momento atual. “A agenda desse governo é recheada de retrocessos e completamente dedicada aos empresários, às grandes corporações. Precisamos reagir e rápido”, pontuou Leonardo.
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Fonte: Adufes