Comando unificado inicia atividade de mobilização no campus de Goiabeiras

O objetivo da ação, que prossegue até quarta-feira, é conscientizar a comunidade universitária sobre os ataques do governo aos serviços públicos, em especial à educação.

A segunda-feira (17) foi marcada por visitas em salas de aulas, panfletagem e exibição de vídeos em espaços frequentados pela comunidade acadêmica, como cantina e corredores da Ufes.  O comando unificado, formado por professores, estudantes e técnico-administrativos, continuará em ação nesta terça-feira (18), e na quarta-feira (19), também nos Centros de Ciências da Saúde (CCS), em Maruípe, além do CCHN (Centro de Ciências Humanas e Naturais, CCJE (Ciências Jurídicas e Econômicas) e Centro Tecnológico (CT)).

panfletagem car1Com panfletos nas mãos, o comando que atuou no Centro de Artes (CAr), em Goiabeiras, por exemplo, fez o trabalho de mobilização nos corredores e, principalmente, em conversas com os estudantes dentro das salas de aulas. A diretora da Adufes, Edinete Maria Rosa, à frente do grupo, avaliou o primeiro dia como positivo. “Estamos tendo uma boa recepção, com professores e alunos nos convidando para entrar nas salas”, ressaltou Edinete, enquanto distribuía material explicativo sobre “O que é a greve Geral?” e o que ela representa para os trabalhadores/as.

“É importante que todos/as compreendam que greve é uma luta coletiva, que o momento é delicado, de ataques aos direitos dos trabalhadores, e que não podemos ficar parados”, disse Edinete, enquanto conversava com alunos sobre a luta em defesa da educação pública. 

panfletagem mestrandaA mestranda de Psicologia, Ana Paula Braga, disse estar preocupada com os cortes de verbas na universidade. “Sou de Muniz Freire, sobrevivo em Vitória com minha bolsa do Capes e temo perder o benefício”, disse.  O sonho de Ana Paula é concluir o mestrado e partir logo para o doutorado, porém ela se mostra desiludida. “Lutei muito para chegar até aqui e vejo que as barreiras para o meu desenvolvimento profissional serão grandes. De fato, temos que ir à luta”, disse.

O debate chegou até a cantina do CAr. No local, um telão exibia um vídeo sobre os perigos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 241), de autoria do governo federal, que congela gastos públicos por 20 anos para pagar dívida pública.  “Diminuir o dinheiro da educação e da saúde, isso não pode ser feito assim, sem discussão ampla com a população em geral. Essa medida do presidente Temer recai sobre os ombros dos trabalhadores e sobre a juventude”, lembrou o estudante do 3º período de Comunicação Social, Israel Magoni, que integrava o comando de mobilização. Veja panfleto distribuído por Israel aos colegas discentes.

Além da PEC 241, as atividades também denunciaram as consequências nefastas do PL 257/2016, e os ataques aos direitos trabalhistas, à Previdência Social e aos serviços públicos, como educação e saúde. O presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto, lembra a necessidade de construção de um polo de resistência coletiva. “É inaceitável esse pacote de maldades contra os trabalhadores no momento em que eles mais precisam desses direitos sociais. Ao invés de cobrar dos milionários, o governo mira suas baterias contra o povo trabalhador”, lembra Rocha, destacando a importância da mobilização dentro e fora da universidade.

Agenda. Até quarta-feira (20) estão previstas atividades nos Centros de Educação Física e Desportos (CEFD), Ciências Humanas e Naturais (CCHN), Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), Centro Tecnológico (CT), Cemuni – em Goiabeiras e no Centro de Ciências da Saúde (CCS), em Maruípe; e no interior, também haverá ações de luta nos Centro Universitário Norte do ES/ Ceunes e nos Centros de Ciências Agrárias e Engenharias (CCAE) e de Ciências Exatas, Naturais e da Saúde (CCENS).

panfletagem car cantinaAs ações, que envolvem panfletagens e exibições de vídeos, têm como finalidade discutir o corte de verbas, a PEC 241/16, o PLP 257/2016 (atual PLC 54/16), as reformas da Previdência e Trabalhista, além da contrarreforma do Ensino Médio. Em todos os locais, professores, estudantes e técnico-administrativos terão a oportunidade de discutir a importância da Paralisação Nacional prevista para ocorrer em 25/10 e o Indicativo de Greve Geral, em 09/11.  

 

Fonte: Adufes