Estudantes ocupam Ifes de Cachoeiro contra a reforma do ensino médio e a PEC 241


Após forte ocupação do Ifes de São Mateus, no norte do Estado, agora chegou a vez dos estudantes do sul, em Cachoeiro de Itapemirim, também se manifestarem contra a retirada de direitos e de conquistas sociais, que incluem a educação, saúde pública e previdência social. Os discentes também protestam contra a medida provisória que reformula o ensino médio e a Escola Sem Partido.

Desde domingo, dia 15/10, cerca de 100 estudantes ocupam o campus do Ifes de Cachoeiro. São alunos independentes e que contam com o apoio de professores e técnico-administrativos. A ocupação faz parte de uma série de ações lideradas pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas. As aulas estão paralisadas e não há previsão para o fim do movimento.

De acordo com um estudante que não quis se identificar, serão realizadas ainda nesta semana ações de conscientização sobre a PEC 241. “As aulas foram suspensas, mas várias atividades estão ocorrendo como panfletagens, aulas públicas, debates manifestações para mostrar os prejuízos que serão causados com a medida”, diz. Segundo ele, a sociedade tem que entender que é mentirosa a tese de que o ajuste, da forma proposta, é bom e necessário. “Ele só trará prejuízos aos mais pobres e assalariados”, acrescentou critica.  

Manifestação dos estudantes em São Mateus. A ocupação do Ifes, em São Mateus, que começou no dia 11/10, chega há uma semana.  Segundo o representante da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, Luiz Felipe Machado, a mobilização segue forte. “Queremos expandir as ocupações para outras unidades do Ifes. Nosso objetivo é também levar esse debate para outros espaços, seja no campo e cidade, fortalecendo a luta contra a retirada de direitos”, diz o estudante.

O discente também critica a contrarreforma do ensino médio. “A mudança no ensino não pode ser por medida provisória. É preciso ampla discussão, ouvir a comunidade acadêmica e toda sociedade”, salienta. O aluno – que rejeita, igualmente, a Escola Sem Partido. “Querem proibir o desenvolvimento do pensamento crítico no espaço escolar e criminalizar o trabalho docente”. 

Fonte: Adufes