Ato reúne centenas em Vitória contra a PEC 55 e o ajuste fiscal

A manifestação, que ocorreu durante toda manhã, em frente à Secretaria de Estado da Educação (Sedu), fortalece o ato dos estudantes secundaristas que estão há mais de uma semana acampados no pátio do prédio. 

Na manhã desta sexta-feira (25) – Dia Nacional de Paralisações -, as Centrais unificaram as lutas paraato sedu cartaz pec 55 fortalecer as mobilizações pelo país, como as ocupações de escolas e universidades, e pressionar o governo para derrotar propostas que retiram direitos dos trabalhadores. O ato contou com a adesão expressiva de setores da educação, o que inclui professores, estudante e técnicos da Ufes e do Sinasefe, além de outros servidores públicos, movimento popular e estudantil.

Os manifestantes denunciaram a PEC 55 do Fim do Mundo que restringe os já insuficientes investimentos públicos em saúde e educação, além das Reformas Trabalhista e da Previdência. Para Lujan Miranda, da Frente em Defesa da Previdência Social, dos Direitos Trabalhistas e Serviços Públicos, a manifestação é uma das ações de esclarecimento do que significa a responsabilidade fiscal e a PEC. “É a transferência de renda para quem tem mais. Ela aprofundará a exclusão social, o processo de terceirização e precarização do trabalho”, criticou.

Ocupação secundarista. Sob o clima de forte tensão, antes mesmo dos manifestantes ocuparem a entradaBME sedu principal da Sedu, na Av. Cezar Hilal/Vitória, policiais fortemente armados do Batalhão de Missões Especiais, ameaçaram invadir o prédio e evacuar a área. O BME permaneceu por mais de quatro horas no estacionamento do prédio. Do lado de fora, na avenida, próximo aos manifestantes, estava outro grupo de policiais, que observava o ato.

“Os militares tomam conta do prédio da Sedu 24 horas. As nossas vidas não significam nada para eles, estão defendendo os interesses do Estado e se esquecem de que ocupamos a Sedu em defesa dos nossos direitos”, disse o estudante H. V., da Escola Estadual.    

Além de serem contra a PEC 55, as Reformas do Ensino Médio, Trabalhista e Previdenciária, os estudantes lutam por uma pauta local. “Queremos eleições diretas para diretor, uma universidade pública e gratuita estadual e Grêmio Livre para atuar nas escolas”, defendeu o discente.

PEC do Fim do Mundo. Alvo de inúmeros protestos nos últimos meses, inclusive o de hoje, sexta-feira – 25/11ato sedu rocha 25 11 -, a PEC 241, que tem como objetivo o congelamento dos gastos com saúde, educação e assistência social pelos próximos 20 anos, já tramita no Senado como PEC 55 e vai afetar principalmente a população pobre.

“Se a PEC for aprovada a população mais carente vai morrer, mesmo sem que um tiro seja dado. Os pobres morrerão nas filas dos hospitais, nas ruas e sem acesso à educação pública”, enfatizou Rocha durante sua fala no ato. Após ter sido aprovada no dia 9/11, a proposta deverá ser votada em primeira fase no Senado na próxima terça-feira (29/11) e, em segundo turno, no dia 13 de dezembro. Para ser aprovada a PEC do Fim do Mundo precisa atingir 49 votos, de um total de 81 senadores.

Fonte: Adufes