Dia de paralisação: trabalhadores e estudantes protestam contra PEC 55 e o ajuste fiscal

Cerca de cinco mil foram às ruas denunciar os retrocessos nos direitos sociais.

A atividade contou com a participação de sindicatos, entre eles a Adufes, diversos movimentos sociais do campo e da cidade. Os estudantes universitários e secundaristas também estiveram presentes no ato que ocorreu em Vitória, no dia 11. Os manifestantes estão indignados com o pacote fiscal representado pela PEC 55, a reforma da previdência e trabalhista. O grupo também protestou contra a medida provisória de contrarreforma do ensino médio (MP 746/2016) e o projeto de lei “Escola Sem Partido”.

 Brasileiros fazem Jornada de Lutas contra PEC 55

Os manifestantes partiram da sede do INSS – na Avenida Beira Mar, 11 11 panfletagemcaminharam rumo a Praça de Jucutuquara, onde encontraram professores, estudantes técnicos do Ifes e da Ufes (entre outras categorias). Com faixas e cartazes nas mãos eles ocuparam a Avenida Vitória e o Centro, onde também protestaram contra os cortes na educação e saúde pública do ES, promovidos pelo governador Paulo Hartung. Como se não bastassem os cortes, o governador tem implantado a todo custo, sem nenhum debate junto à comunidade escolar – o Projeto Escola Viva, que beneficia a iniciativa privada.

Em todo país, pelo menos em 20 estados e no Distrito Federal, petroleiros, metalúrgicos, professores além dos diversos segmentos do funcionalismo público e do campo paralisaram suas atividades no dia da jornada de lutas, convocado pelas centrais sindicais e movimentos organizados. Para a diretora da Adufes, Edinete Maria Rosa, com o ato os trabalhadores demonstraram que há resistência e muita disposição para a luta. “Mais de cinco mil deram o recado de que não vão aceitar a PEC 55 e nenhum retrocesso para a educação pública”, disse Edinete.

Na manhã do dia 11/11, um pouco antes da manifestação, os professores da Ufes de forma histórica, aderiram ao movimento paredista por tempo indeterminado. “Conseguimos unificar o movimento na Ufes, nossa greve será forte”, declarou. Os técnicos e os estudantes entrarão de greve nesta quarta-feira (16), data também escolhida pelos docentes.

Ocupações. O ato contou com ampla participação dos estudantes, que há ufes em grevequase um mês, em todo país, ocupam mais de mil escolas estaduais e institutos federais e 180 universidades brasileiras. No Espírito Santo, apesar da Justiça determinar a reintegração de posse imediata dos colégios e do processo de criminalização dos adolescentes imposta pelo Governador Paulo Hartung, existem 30 unidades estaduais e em sete centros da Ufes ocupadas.

A estudante do Colégio ocupado Almirante Barroso, Andressa Pereira, destacou o processo de criminalização dos secundaristas. “Estamos mobilizados contra o governo Temer, que tenta ampliar o processo de precarização da educação com a PEC 55. Também estamos resistindo às investidas do governo estadual, que  criminaliza os estudantes e faz terrorismo aos secundaristas e familiares”, declarou indignada. 

O dia de paralisação foi organizado pela Frente Estadual em Defesa da Previdência Social, dos Direitos Trabalhistas e do Serviço Público, que agrega várias entidades entre elas a Adufes, em parceria com as centrais sindicais CSP-Conlutas Nova Central, Intersindical, CUT, CTC e entidades do movimento estudantil como União Municipal dos Estudantes de Vitória (UMES), União dos Estudantes Secundaristas do Espírito Santo (UESES), União Nacional dos Estudantes (UNE), Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG).

 

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Fonte: Adufes