Sexta (25) é dia nacional de lutas, paralisações e protestos contra retirada de direitos

Data também marca Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher

O Dia Nacional de Lutas, Greves, Paralisações e Protestos das centrais sindicais será realizado na sexta (25). Em consenso, os dirigentes sindicais deliberaram os quatro eixos unitários. São eles: Em defesa da saúde e educação: Contra a PEC 55 (antiga 241) e a Reforma do Ensino Médio; Em defesa dos direitos dos trabalhadores: Contra a Reforma Trabalhista; Em defesa da aposentadoria: Contra a Reforma da Previdência; Em defesa do emprego: Redução da jornada de trabalho sem redução salarial.

O dia 25 de novembro será o ponto alto da Jornada de Lutas com a participação e convocação de todas as Centrais Sindicais e entidades de base. Segundo Atnágoras Lopes, a CSP-Conlutas defendeu que o acúmulo de forças e unidade são fundamentais neste momento, e que a única forma de barrar os ataques promovidos pelo governo Temer é com a realização de uma grande Greve Geral. “Vamos organizar os trabalhadores para enfrentar ataques que estão na ordem do dia, é hora de intensificar as mobilizações rumo à construção da Greve Geral”, ressaltou o representante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

Eblin Farage, presidente do ANDES-SN, avalia que as entidades sindicais dos trabalhadores dos setores público e privado, os movimentos sociais e estudantis têm conseguido avançar na mobilização e na construção de atividades conjuntas, o que é muito positivo para fortalecer e intensificar o enfrentamento. “Nesse sentido, a mobilização de 25 de novembro é mais um passo para a construção de uma ampla unidade rumo à construção da greve geral”, ressaltou, citando, também, o início da Greve Nacional Docente, que acontece na quinta (24). 

CSP-Conlutas divulga materiais para fortalecer o dia 25 de novembro

Para intensificar a mobilização e a preparação do Dia Nacional de Paralisações e Greves, a CSP Conlutas produziu materiais de divulgação, para ampla disseminação nas redes sociais, nas ruas, nas ocupações das escolas, nas universidades, em cada local de trabalho e nas lutas por moradia. Com informativo especial, cartazes, adesivos, campanha nas redes sociais, a CSP-Conlutas está nas ruas, nas ocupações das escolas, nas universidades, em cada local de trabalho e nas lutas por moradia. 

Data também é Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher
No dia 25 de novembro também haverá manifestações de mulheres, na data que marca o Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher. A data surgiu em decorrência do Dia Latino-americano de Não Violência Contra a Mulher, que foi criada durante o Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e Caribenho de 1981, realizado em Bogotá, Colômbia, comemorado em 25 de novembro, em homenagem às irmãs Pátria, Maria Tereza e Minerva Maribal, que foram violentamente torturadas e assassinadas nesta mesma data, em 1960, a mando do ditador da República Dominicana Rafael Trujillo. As irmãs eram conhecidas por “Las Mariposas” e lutavam por soluções para os diversos problemas sociais de seu país, a República Dominicana.

O Brasil é o 5º país que mais mata mulheres no mundo, perdendo somente para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia, matando 13 mulheres por dia vítimas de homicídio, de acordo com dados do Mapa da Violência elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) de 2015. 

Os dados também mostram que de 2007 a 2013, as taxas passaram de 3,9 homicídios para cada 100 mil mulheres, para 4,8 por 100 mil. Ou seja, um aumento de 23,1%. Houve uma queda nos homicídios de mulheres no ano de 2007, logo após a promulgação da Lei Maria da Penha, mas já a partir do ano seguinte os números continuaram num crescente. E pelas estimativas, o ano de 2014 confirma a tendência ao crescimento, pois foram 4.918 mulheres assassinadas, 156 a mais do que em 2013. Outro ponto a ser ressaltado é que o Brasil conta com apenas 77 casas abrigo, 226 centros de referência e 497 delegacias especializadas.
Com informações de CSP-Conlutas e ONU. Imagem de CSP-Conlutas. 

Fonte: ANDES-SN