Em caso de corte de ponto, não haverá reposição de aulas

Com a volta ao trabalho, a categoria apresentou à reitoria uma proposta de reposição das aulas. Com o aval do Conselho Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), o reitor Reinaldo Centoducatte definiu novo calendário acadêmico e não descartou o corte de ponto. 


O Comando Unificado de Greve e a diretoria da Adufes têm cobrado de Centoducatte uma posição em defesa da autonomia universitária, da democracia e dos direitos dos servidores técnicos e docentes que aderiram às greves deflagradas nos dias 16 de novembro. Apesar da insistência do comando, o reitor disse que não pode garantir que não haverá corte de ponto e que terá que cumprir ordens do MPOG. As categorias, no entanto, entendem que o corte de ponto fere o direito de greve e é mais uma forma de criminalizar a luta dos trabalhadores.

“Historicamente, sempre conseguimos reverter as tentativas de corte de ponto. A própria Associação Nacional dos Docentes (Andifes) já se manifestou pela impossibilidade do corte dos dias parados”, lembra o presidente da Adufes, José Antonio da Rocha Pinto. Para o dirigente, o corte de ponto é inviável por causa da natureza do trabalho dos professores, uma vez que exercem várias atividades fora de sala de aula.

Calendário. Pelo calendário aprovado pelo Conselho da Ufes, a reposição das aulas deverá ser feita de 23/01 a 06/03/2017, e o recesso acadêmico de 02 a 22/01. Com isso, o início do semestre letivo 2017/1 começa em 21 de março. No entanto, caso não haja entendimento sobre corte dos dias parados, os professores já decidiram pela não reposição das aulas perdidas, forçando desta forma o cancelamento do semestre letivo de 2016/2.

 

Fonte: Adufes