Na manhã desta quarta-feira (4), o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) foi cercado por um forte aparato da Força Tática e do chamado “policiamento comunitário” da USP, impedindo o acesso de veículos ao sindicato e intimidando os trabalhadores, para impor a instalação de grades que cercam o espaço sede do sindicato desde a década de 60, e também dos espaços estudantis da ECA (Escola de Comunicação e Artes).
A reitoria havia se comprometido a negociar o tema em reunião convocada pelo Ministério Público do Trabalho para o dia 26 de janeiro. Além disso, ficou garantido o acesso ao sindicato até essa data. Mas hoje a rua que dá acesso ao Sintusp foi fechada pela PM, que chegou a apontar duas armas para um diretor do Sintusp. “Uma professora da ECA foi impedida de entrar no prédio. Diretores do sindicato registraram boletim de ocorrência e a professora deve relatar em breve sobre o acontecido”, disse o dirigente do Sintusp, Aníbal Cavali.
Alckmin, que ontem declarou em vídeo que “não haverá reintegração sem negociação”, CONFIRA AQUI – também é responsável pelo sitiamento militar do sindicato, já que, como declarou a comandante da operação aos diretores do sindicato presentes, estão aqui sob ordens da Secretaria de Segurança Pública do Estado.
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O ataque ao Sintusp é um ataque a todos os trabalhadores e estudantes. Com o impedimento à organização sindical no local, o objetivo da reitoria é enfraquecer qualquer resistência a medidas já encaminhadas, como o sucateamento dos hospitais, fechamento das creches, suspensão de benefícios alimentícios, mudanças na jornada de trabalho, entre outros cortes.
Confira o boletim do Sintusp, com outras informações, AQUI.
Com informações da comunicação do Sintusp
Fonte: CSP Conlutas