Nota sobre crise na segurança pública no ES

Lamentavelmente, estamos assistindo o Espírito Santo mergulhado mais uma vez no caos social. O impasse que se verifica nas negociações entre representantes dos policiais militares e o governo Paulo Hartung é o retrato de uma crise contínua que afeta o serviço público no Estado.

Seguindo a cartilha neoliberal do governo Temer de realizar rigorosos ajustes fiscais acreditando no restabelecimento do controle dos cofres públicos, o governo do Estado prefere ignorar a pauta dos militares, e convocar as Forças Nacionais de Segurança e Exército que em nada irão aliviar o medo e a sensação de insegurança que paira nas ruas.

A sociedade e os trabalhadores de um modo geral aguardam que esse governo de fato reconheça a importância dos profissionais de segurança pública e demais servidores estaduais e atenda às reivindicações dos trabalhadores.

O movimento, que tem à frente familiares dos PMs, reivindica de forma legítima melhores condições de trabalho, reajuste linear, pagamento do auxílio-alimentação, periculosidade e insalubridade para a corporação. No entanto, o governo tem preferido transformar o nosso Espírito Santo em palco de guerra civil, com alarmantes índices de assaltos, assassinatos e demais crimes.

Diante do caos instalado, a Adufes vem a público apoiar o movimento organizado pelos familiares dos PMS e conclamar o governo a rever seu projeto de austeridade para o controle dos cofres do Estado. Os servidores públicos capixabas estão há três anos com salários congelados, enquanto o governo concede bilhões em incentivos fiscais.

Adota, com isso, o discurso de crise como instrumento para ferir a dignidade dos trabalhadores do serviço público. É chegado o momento de todos os servidores – federais, estaduais, municipais – e trabalhadores em geral se mobilizarem de forma unitária em torno de bandeiras comuns em defesa dos seus direitos.

A Adufes reforça sua luta contra o ajuste fiscal (PEC 241/55/PEC do fim do Mundo), o congelamento dos salários e de investimentos em saúde, educação, segurança pública; contra as privatizações e as contrarreformas trabalhista e da previdência.

Fonte: Adufes