15 de março: Dia nacional de luta contra os ataques do governo Temer

O ato unificado marca a luta para barrar contrarreforma da Previdência, medida que tramita no Congresso Nacional. A atividade está sendo construída pelas centrais sindicais e com os setores que atuam na área da Educação.

No dia 15 de março, docentes e outros trabalhadores de todo o país participarão de um grande Dia Nacional de Greves, Paralisações e Mobilizações na perspectiva da construção da greve geral contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, que institui a Contrarreforma da Previdência. Em Vitória, a concentração do ato será na Praça de Goiabeiras, às 7 horas. O movimento seguirá em marcha até o Aeroporto Eurico de Aguiar Salles.

A data de mobilização foi indicada no 36º Congresso do Sindicato Nacional, realizado em Cuiabá (MT) no mês de janeiro, e posteriormente incorporada nos calendários de luta do Setor das Instituições Federais de Ensino (Setor das Ifes) do ANDES-SN, e aprovada na reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas.  Os trabalhadores em Educação já haviam aprovado, em congresso da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), uma paralisação nessa data.

No dia 21, terça-feira, os representantes das centrais irão a Brasília para reuniões com parlamentares e líderes partidários para pontuar o repúdio contra qualquer medida que vise atacar direitos históricos dos trabalhadores.

Para o presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto, o 15 de março é uma importante data de mobilização para barrar os ataques à Previdência pública. “Nosso esforço é ir para a rua, com entidades sindicais, movimentos sociais e movimento estudantil. Vamos gritarmos em alto e bom som que não aceitaremos esses ataques aos direitos dos trabalhadores”, afirma Rocha.

Veja o vídeo da CSP-Conlutas chamando os trabalhadores para o dia 15 de março. 

Trabalhadores em Educação. O setor da Educação foi um dos mais atingidos pela PEC 55 que congelou por 20 anos os repasses das áreas sociais e também está entre os alvos preferenciais da reforma da Previdência, que incide especialmente sobre a retirada de direitos das mulheres, quase 80% do magistério (educação infantil e ensino médio).

Em fevereiro foi aprovada no Senado a reforma do Ensino Médio (Projeto de Lei de Conversão 34/2016, originado a partir de alterações na Medida provisória 746/2016). Diante disso, a Greve Nacional da Educação marcada para 15 de março, enfrenta além da retirada de direitos trabalhistas, também as reformas anti-educacionais. A Lei da Mordaça, representada pelos projetos ideologicamente identificados com a política da Escola Sem Partido, também caminha na mesma direção.

Fonte: Adufes