CSP-Conlutas defende em Vitória Greve Geral de 48 horas contra a reforma Trabalhista

Paulo Barela, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, esteve no ES – em reunião com o relator do projeto da reforma Trabalhista (PL 6.787/2016), senador Ricardo Ferraço (PSDB/ES)-, e defendeu a posição da central pelo arquivamento do PL.

A convite do senador, centrais sindicais estiveram reunidas nesta semana, em Vitória, para discutir a reforma Trabalhista, já aprovada na Câmara Federal e enviada ao Senado. O relator do PL garantiu que haverá várias reuniões em Brasília para tratar do projeto dos trabalhadores e que “não há interesse em colocar urgência na tramitação da reforma”.

“Ricardo Ferraço nos garantiu que vai ouvir todos os lados antes de elaborar o parecer final. No entanto, deixamos claro que não aceitamos tamanho ataque aos nossos direitos. Defendemos a imediata retirada desse projeto da pauta do senado”, disse Paulo Barela, da CSP-Conlutas.

De acordo com o dirigente sindical, a central não vai dar trégua aos parlamentares. “Estamos exigindo que eles votem contra esse projeto de lei que representa mais precarização e retirada de direitos para os trabalhadores”, explicou Paulo Barela, que esteve também na sede da Adufes.

Tramitação. O PL 6.787/2016, enviado pelo governo à Câmara alterava sete artigos da CLT e oito artigos da Lei 6.019/73. Contudo, o relatório apresentado em 12 de abril pelo deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) modifica 97 artigos da CLT, três da Lei 6.019/74, um artigo da Lei 8.036/90, um artigo da Lei 8.213/91 e um artigo da MP 2.226/01.

O senador Ricardo Ferraço – da base aliada do governo Temer -, não propôs o arquivamento do projeto, apenas chamou as centrais para uma conversa. No encontro, as entidades classistas explicaram os motivos pelas quais fazem defesa da retirada do PL.

“Esse processo só poderá ser revertido se houver muita luta. Por isso, fazemos um chamado aos trabalhadores/as para uma nova Greve Geral. Desta vez, de 48 horas, que vise enterrar essas reformas e revogar a lei das terceirizações”. Paulo Barela frisou ainda que a CSP defende o Fora Temer e todos os corruptos do Congresso Nacional.

CSP ocupa BrasliaIntensificação das mobilizações. O representante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, salientou ainda que durante as próximas semanas, as centrais sindicais definiram um intenso calendário de mobilização para marcar o maio de lutas. Nessa semana, os diretores nacionais do ANDES-SN, junto com representantes das seções sindicais da Comissão Nacional de Mobilização já realizaram atividades no Congresso Nacional.

Barela explicou que na primeira quinzena de maio, as entidades encaminharam à Brasília comitivas de dirigentes sindicais para atividade no Congresso, com o objetivo de dialogar com os deputados e senadores sobre os efeitos negativos das contrarreformas. Serão realizados também atividades nas bases, com panfletagens, assembleias, manifestações nos aeroportos para denunciar os parlamentares que estão votando contra os direitos dos trabalhadores”. O objetivo das ações é continuar esclarecendo a população sobre as contrarreformas.

A mobilização das entidades sindicais terá continuidade na semana de 15 a 19 de maio, com vigília, no dia 17, no Anexo 2 da Câmara dos Deputados, às 10 horas e pressão junto aos parlamentares no Congresso. Nesta semana, categorias de trabalhadores do campo e da cidade, movimentos sociais e estudantil realizaram diversas atividades na capital federal.

Ocupa Brasília. No dia 24 de maio, a ocupação de Brasília terá caravanas de todo país para realizar uma grande manifestação contra a retirada de direitos trabalhistas e previdenciários. No ES, reunidas no último dia 11, as centrais sindicais já se comprometeram em organizar diversas caravanas, tanto com saída da Grande Vitória, do Sul e Norte do Estado. Em breve divulgaremos novas informações.

Fonte: Adufes