A comunidade acadêmica convive com lixo, mato e mosquitos. A última vez que a universidade fez a poda e limpeza foi em janeiro.
No início da tarde desta quinta-feira (18), cerca de 100 alunos dos cursos de Administração, Serviço Social e Economia
capinaram e retiraram mato e sujeira que cercavam as salas do ED III e ED IV, no Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), no campus de Goiabeiras, em Vitória. Todo material recolhido foi levado dentro de sacos plásticos para o prédio da reitoria. A ação denunciou o corte de verbas na universidade.
Nos últimos anos, os cortes vêm inviabilizando o tripé da universidade pública: ensino, pesquisa e extensão. A austeridade vem sendo traduzida, sobretudo, na assistência estudantil e em atividades essenciais, como limpeza, manutenção e conservação -, serviços que são realizados por empresas terceirizadas.
“Neste mês já demitiram 25 trabalhadores/as e todos os/as outros estão de aviso prévio. Com isso, a permanência da comunidade acadêmica nos campi está sob risco”, disse o estudante do Departamento de Serviço Social, Matheus Rosetti, destacando que a ideia é que o ato político se espalhe por toda a Ufes.
“O processo de contratação dos trabalhadores terceirizados tem sido marcado por salários baixos, atrasos no 
pagamento, alta rotatividade e demissão em massa”, lembrou o estudante, que defendeu a extinção da Lei de Terceirização, aprovada recentemente.
Segundo os discentes, o reitor Reinaldo Cenducatte já informou aos representantes do Conselho Universitário que até agosto a Ufes terá que cortar os serviços do Restaurante Universitário ou de segurança. “Não estamos alheios ao contexto, por isso exigimos que o reitor dialogue com a comunidade universitária e exponha de forma transparente a situação financeira da instituição”, cobrou um estudante que preferiu não se identificar.
Fonte: Adufes