Ocupa Brasília: maior manifestação da capital federal na última década

Professores da Ufes participaram do ato que levou mais de 150 mil a Brasília na quarta-feira, 24. Em breve a Adufes irá disponibilizar um vídeo sobre o Ocupa Brasília.

A Adufes foi representada por um grupo de docentes que, junto ao Andes-SN, à CSP-Conlutas e demais entidades da Educação, defenderam a construção de uma nova Greve Geral. A paralisação de 48h será mais uma tática para barrar as contrarreformas e derrubar Temer.

Centenas de trabalhadores do campo e da cidade, de todas as regiões do país, protestaram também contra as Reformas da Previdência e Trabalhista (CLT) – em tramitação acelerada no Congresso Nacional -, pela revogação da Lei das Terceirizações e pelo Fora Temer. A luta por eleições diretas para a escolha de um novo presidente ocupou lugar na pauta do ato, especialmente após as graves denúncias envolvendo Temer e aliados.

Truculência policial. A Polícia Militar do Distrito Federal realizou revistas nos manifestantes no percurso da Esplanada e, mais uma vez, cumpriu seu papel de braço armado do Estado. “Durante horas de repressão, milhares de bombas foram lançadas contra os trabalhadores/as, assim como gás de pimenta e tiros de balas de borracha”, conta o presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto, que participou da manifestação.

Segundo ele, o ato seguia pacífico quando os PMs utilizaram, indiscriminadamente, armas de fogo letais contra os manifestantes. “Uma ação inaceitável e de extrema irresponsabilidade”, diz indignado. Rocha, no entanto, avalia positivamente a manifestação. “O ato foi um grande estímulo para manter os trabalhadores brasileiros nas ruas até a derrota dos projetos e a queda de Temer”, afirma.

Forças Armadas. O presidente , em um ato utilizado apenas por José Sarney em 1986 e por Dilma Rousseff no Leilão do Campo de Libra em 2013, decretou a “Garantia de Lei e de Ordem” em todo o Distrito Federal até o dia 31 de maio.  Mas, no dia seguinte à marcha (25), Temer revogou o decreto.

“A medida era autoritária, inconstitucional e ilegal”, define o presidente da Adufes sobre o decreto acionado  para repressão do protesto na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

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Fonte: Adufes