A União faz a força: Por que é importante a alteração do Regimento Interno?

O Regimento Interno  (RI) da Adufes em vigor segmenta a entidade, tornando –se um empecilho para que os/as  professores/as  do interior tenham a mesma possibilidade de votar  de forma igualitária aos colegas de Vitória. Isso porque eles são obrigados a se deslocarem até a capital para participar das assembleias  e votações da categoria. As decisões mais importantes são tomadas pelas professores/as que participam das votações realizadas em Vitória, e isso tem que mudar, pois é necessário unir ainda mais categoria.

A solução para esse problema  é a reforma no RI  do Sindicato (que está prestes a completar 40 anos)  que precisa ser atualizado para permitir  a realização de Assembleias Setoriais , cuja votação irá se somar às da capital. Essa impossibilidade atual torna-se um empecilho para a unificação das lutas da categoria em defesa dos seus direitos e da Educação Pública, gratuita e de qualidade. O RI que vigora atualmente  – lei que rege o funcionamento do sindicato  – determina que apenas  sejam considerados os votos dos colegas que estejam fisicamente nas plenárias  realizadas em Vitória.

“Nós precisamos mudar isso. O voto do professor do interior (Alegre e São Mateus)  é tão importante quanto o do  docente da capital.  Na forma atual, é quase impossível essa participação, pois nem sempre o deslocamento é possível”, afirma o presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto.  “Os principais problemas que causam esse impedimento são, além da distância,  problemas relacionados a riscos nas estradas e interrupção das atividades profissionais durante um período muito maior”.

Tem que mudar. A melhor  forma de solucionar esses problemas, reforça o Presidente,  é a reforma do Regimento que permitirá  que as plenárias realizadas no interior tenham o mesmo peso na  contagem de votos que definirá os rumos adotados pela categoria. Mas a reforma vai mais além.  Entre as propostas apresentadas  pela Comissão do  RI está a criação de um novo cargo na estrutura da diretoria sindical.  Esse novo cargo, de segundo Vice-Presidente, permitirá  uma maior democratização nas ações dos campi do interior, já que o cargo é proposto com este objetivo específico.

Com a criação do novo cargo, um Vice-Presidente ficará responsável pelo acompanhamento das demandas  em Alegre e o outro em São Mateus, contemplando de maneira mais eficiente as necessidades de ambos os pólos. “O presidente não se isentará de suas responsabilidades junto aos pólos. Apenas contará com reforço maior para solucionar as demandas  do interior. Isso será possível, principalmente, porque a  reforma dará aos professores das duas unidades   maior poder nas votação das  decisões  sindicais, graças à alteração do Regimento”, ressalta o presidente da Adufes.

Na conjuntura atual, o professor que trabalha fora de Vitória se sente excluído ou prejudicado  durante  as votações, que incluem temas de interesse geral, como  greves, alterações na carreira,  no Regimento,  e até decisões federais  que afetam a categoria ( reformas da Previdência Social e Trabalhista, por exemplo).

 “Somos  associados da Adufes como qualquer outro/a professor/a e queremos ser ouvidos. Queremos que o nosso voto tenham o mesmo peso que os colegas da capital, sem  necessitar do deslocamento para Vitória, mas apenas participando das assembleias setoriais”,  explica o professor Raphael Goes Furtado, do Conselho de Representantes da Adufes no Ceunes.

Leia proposta de alteração Regimento Interno em PDF  e em Word 

         fonte: adufes