Só neste semestre, mais de 20 trabalhadores/as terceirizados da limpeza e manutenção dos prédios do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), por exemplo, foram demitidos. O mesmo ocorreu em outros centros da universidade, desfalcando o quadro de funcionários. Isso obriga alunos, professores e técnicos a assumirem a limpeza dos seus espaços de trabalho e de estudos.
Para tentar solucionar o problema de mão-de-obra, no início de julho, 20 trabalhadores apenados começaram a prestar serviço no campus de Goiabeiras, em Vitória. A medida faz parte de um convênio firmado entre a Ufes e a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). A professora do Departamento de Serviço Social, Juliana Iglesias Melim, vê o acordo com muita preocupação.
Privatização. De acordo com a professora Juliana, o sucateamento da Educação poderá ser usado como justificativa para privatizar a universidade. Ela defende a universidade pública, gratuita, de qualidade que se comprometa com a autonomia universitária e com o desenvolvimento social.
Aniquilamento dos serviços públicos. O pacote de ataques do governo Temer, com apoio do Legislativo e Judiciário, tem como um dos principais objetivos o desmonte dos direitos sociais e dos serviços públicos. A reforma da previdência, assim como a reforma Trabalhista (aprovada nessa terça-feira, 11), as Leis das Terceirizações, a Emenda Constitucional (EC) 95 – a do corte de gastos -, dão continuidade ao aniquilamento do Estado.
Para fazer frente aos retrocessos do governo, a docente defende: “avançar na unidade e reorganização da classe trabalhadora”.
Fonte: Adufes