Centro de Ciências da Saúde (CCS) sofre com insegurança

O problema é antigo. Iluminação precária e guardas meramente patrimoniais levam à ocorrência de diversos crimes, como assaltos e roubos de veículos.

A Comunidade Universitária do CCS, em Maruípe (Vitória), está alarmada. Os alunos contam que a situação piorou nos últimos meses e os prédios mais afastados dentro do Centro são os mais inseguros. “É uma área aberta, com muitas árvores, pouca iluminação e quase nenhuma sinalização”, queixa-se Jessica Novaes, estudante de Enfermagem.

O CCS possui quatro entradas, sendo duas para as Avenidas Marechal Campus e Maruípe, locais onde há constantes registros de assaltos. Além do reduzido efetivo de vigilantes, a poda de árvores tem sido feita trimestralmente, facilitando o esconderijo de bandidos.

Há registro, inclusive, de assaltos dentro de um dos laboratórios. Um homem gravemente ferido surpreendeu os estudantes durante uma aula experimental. “Ele estava fugindo e sangrava muito. Entrou correndo no laboratório e roubou todos os celulares, sem que nenhum segurança o abordasse”, contou um técnico que trabalha na unidade.

No entorno do Centro, o clima também é de medo. Os estudantes reclamam de insegurança na saída da universidade e em pontos de ônibus. Um deles fica bem próximo ao Quartel da PM. “Mesmo assim, os assaltos e roubos de celulares são constantes, principalmente à noite”, disse o funcionário.

Modelo de segurança. O Professor do Departamento de Odontologia, Alfredo Carlos Rodrigues, defende novo modelo de segurança que valorize a comunidade acadêmica, os usuários do hospital e a vizinhança. “Precisamos promover segurança pedagógica, atuando com base em políticas de educa- ção e prevenção. Queremos ser valorizados e respeitados nesse espaço”, destaca o professor.

A iniciativa, segundo ele, privilegiaria espaços de cultura, arte e lazer, potencializando habilidades e experiências movimentadas pela instituição, mediando essas práticas com as comunidades próximas.

“Incentivaríamos a participação cultural e artística, a conscientização em sentido amplo e o cuidado com o meio ambiente e segurança”, defende Alfredo, salientando a promoção de uma cultura da compreensão e da convivência pacífica, etapas importantes para reduzir a violência e a vulnerabilidade social.

O docente ainda citou a necessidade da criação de um Fórum de Segurança na Ufes. “Um espaço que envolva uma série de atores e objetive promover uma segurança mais preventiva, democrática e educativa no campus. Nessa perspectiva, seriam proporcionadas às comunidades maior participação em processos de decisões de questões estratégicas para a Universidade”, finaliza Alfredo.

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Fonte: Adufes