A atividade ocorreu no dia 22/11 e levantou a discussão sobre a função social da universidade pública. O evento foi organizado pela Frente Estadual em Defesa da Previdência Social, dos Direitos Trabalhistas e Serviços Públicos, que incluía a Adufes, e Centros Acadêmicos da Ufes.
O professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catariana (UFSC), Nildo Ouriques, criticou a razão acadêmica no ambiente universitário. Ele ainda destacou que estamos submetidos a um sistema colonial de conhecimento. “A razão acadêmica que impera na universidade e se expressa em uma mentalidade e um comportamento acadêmicos e se traduzem em indiferença com relação aos problemas da maioria do povo”, disse.
Segundo ele, é essa mentalidade e esse comportamento, fruto do atraso e da subserviência a preceitos coloniais, que
precisam ser derrubados. “Ao persistir no academicismo, a universidade continuará muito distante do que lhe é exigido em uma sociedade profundamente marcada pela desigualdade e pela submissão ao imperialismo”, destacou Nildo.
Durante a palestra, o docente não poupou críticas ao mundo no qual estão intrinsecamente inserido, certo de que não pode fugir à necessária crítica. “Não há a menor possibilidade de legitimação social da universidade se ela não se abrir para um novo, em que cumpra, verdadeiramente, seu papel de efetiva casa do saber”, apontou, salientando, que a universidade brasileira é marginal ainda para maioria da população brasileira.
Fonte: Adufes