No dia em que a greve nacional foi cancelada por algumas centrais sindicais, mas mantidas por outras e pelo Sindicato Nacional das Instituições de Ensino (ANDES-SN), uma marcha unificada contra a reforma da Previdência uniu diversas categorias nas ruas de Vitória. Logo cedo, professores e técnico administrativos da Ufes intensificaram a mobilização com panfletagens no campus de Goiabeiras.
No meio da manhã, com o campus praticamente vazio por causa da paralisação, os manifestantes deixaram a universidade para integrar as atividades do ato que saiu da Praça de Jucutuquara. Nem mesmo a chuva desmobilizou a atividade que serviu ao propósito de não deixar passar em branco os ataques a direitos promovidos pelo governo Temer.
Marcha. Era pouco mais de 10h, quando aos gritos de “Fora Temer”, e “nenhum direito a menos” diversas categorias, servidores públicos, movimentos sociais e estudantes iniciaram a caminhada. Durante todo o trajeto, as lideranças se revezaram no microfone do carro de som para convocar à população para aderir à mobilização e denunciar a retirada de direitos contida nas propostas das reformas trabalhista e da Previdência. “É importante que a classe trabalhadora esteja unida e disposta a lutar para não perder direitos adquiridos”, lembrou Wellington Pereira, da coordenação do Sintufes.
Muitos oradores acusaram o governo de querer sacrificar os trabalhadores para garantir mais recursos para os juros da dívida pública. “O Brasil é um dos países mais ricos do mundo e estão tirando direito do povo para transferir para o sistema financeiro internacional. Não aceitamos precarização, privatizações, nem as reformas trabalhista e previdenciária”, destacou Laureni França, integrante da Frente Estadual em Defesa da Previdência.
Bloco combativo. Com faixas e bandeiras nas mãos, os manifestantes conversaram e distribuíram panfletos para os transeuntes durante todo o percurso da marcha. Em frente ao Banestes e Caixa Econômica Federal, na avenida Princesa Isabel, foram feitas paradas estratégicas onde denunciaram o desmonte e a possível privatização das instituições bancárias que acarretará prejuízos a toda a população. “Não aceitaremos que Temer destrua os bancos públicos. Eles são fundamentais para o desenvolvimento do país e para garantir inclusão à população mais pobre”, disse um sindicalista.
O presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto e vários outros docentes participaram da marcha que se encerrou na Praça Oito. Em sua fala, o professor Rocha destacou que a classe trabalhadora não quer mais ter seus direitos rasgados. “Vamos continuar unidos e lutando porque querem nos tirar tudo. Só com muita luta para reverter as maldades deste governo”, destacou, lembrando que a população precisa ficar atenta aos votos de cada deputado e senador que vota a favor das reformas e contra o povo.
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Fonte: Adufes