O prefeito de São Paulo, João Dória, e o governador paulista, Geraldo Alckmin, terão que explicar na justiça o aumento na tarifa de transporte público na cidade de São Paulo. Ambos terão 72 horas, contando a partir de quinta-feira (11), para responder à ação civil pública movida pela CSP-Conlutas contra o aumento abusivo da tarifa.
A decisão é do juiz José Gomes Jardim Neto, da 15ª Vara da Fazenda Pública, que também intimou a empresa de transportes públicos (SPTrans) e o Ministério Público a se manifestarem sobre o pedido de ação civil pública com a solicitação de suspensão desse aumento. Desde domingo (7) a tarifa de ônibus aumentou de R$3,80 para R$ 4 na cidade de São Paulo.
De acordo com a ação da CSP-Conlutas, o aumento na tarifa é “excessivo” e “prejudica de maneira irreparável milhões de trabalhadores e desempregados e não vem acompanhado de uma melhoria equivalente do sistema”. Além disso, esse reajuste representa um “impacto de altas proporções nos gastos da população com um evidente descompasso com a depreciação do salário mínimo e o atual contexto de diminuição de empregos e crise econômica, social e política”, destaca o pedido da central.
Ações semelhantes, movidas pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), em cidades como Porto Alegre (RS) e Rio de Janeiro (RJ) já garantiram, nos últimos anos, o cancelamento do aumento das tarifas do transporte público.
Nas ruas
Como parte das ações contra o aumento da tarifa, na última quinta-feira (11) milhares de trabalhadores e estudantes paulistanos foram às ruas para mostrar sua indignação contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo. Pelo menos 3 mil pessoas participaram da manifestação, convocada pelo Movimento Passe Livre (MPL).
Edição de ANDES-SN. Imagem de CSP-Conlutas
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Fonte: CSP-Conlutas