Quarta-feira, 20, é dia de protestar contra a reforma da Previdência

A Adufes estará presente na Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, convocada pelas centrais sindicais em São Paulo-SP, e na Assembleia Estadual que ocorrerá no mesmo dia, na Praça 8, Centro de Vitória. A concentração na capital capixaba será às 17 horas. Confira o Boletim especial sobre a Previdência divulgado pelas CSP-Conlutas.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL/RJ) deve enfrentar nos próximos dias o primeiro grande protesto de seu mandato. No dia 20 de fevereiro (quarta-feira), trabalhadores/as das mais diversas categorias, inclusive do setor da educação,  debaterão ações de resistência – com sinalização de greve geral no país – para barrar as propostas que acabam com o direito à aposentadoria.

Chamado. De forma unitária, o Fórum das Centrais Sindicais que agrega a CUT, Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Intersindical, Nova Central, CGTB, CSP-Conlutas e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), realiza atividades em vários estados, sendo a maior concentração na Praça da Sé, em São Paulo, a partir das 10 horas.

No Espírito Santo, uma força tarefa estará nas ruas dialogando com a população sobre os malefícios da proposta de reforma para a classe trabalhadora. Os militantes vão mostrar que a Previdência não é deficitária como diz o governo que recebe apoio dos meios de comunicação empresarial.  

“A proposta de Bolsonaro é matar os mais pobres de tanto trabalhar”, critica o presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto. Para ele, é preciso ampliar a resistência contra as reformas, as privatizações e os ataques autoritários do judiciário apoiado pelos militares.  “Os trabalhadores já sofreram perdas com a aprovação das leis da terceirização irrestrita e trabalhista. Temos que continuar reagindo”.

Ato de trabalhadores em Vitória em março 2017Chamado. As manifestações dos trabalhadores realizadas no transcorrer de 2017 e 2018 conseguiram impedir a votação da reforma da Previdência até este momento. No entanto, Jair Bolsonaro pretende adotar um sistema previdenciário ainda pior que o de Temer: prevê a privatização da aposentadoria, com adesão ao regime de capitalização.

Além disso, os aposentados deixam de ter a garantia de receber ao menos um salário mínimo depois de décadas trabalhando. Ainda, aumenta o tempo de contribuição mínimo para 20 anos, para receber apenas 60% da aposentadoria de direito.

Reforma boa pra quem? “É preciso construir a mais ampla unidade do movimento sindical e social na luta contra a reforma da previdência de Bolsonaro. A CSP Conlutas fará todos os esforços para que sejamos vitoriosos nessa luta.”, afirmou Lara Gobira, do Coletivo TAEs de Luta e da Executiva Estadual CSP-Conlutas. De acordo com Lara, as entidades que marcaram as assembleias para 20/2 são contra qualquer proposta que fragilize, desmonte ou reduza os serviços públicos.  

A proposta de reforma da previdência do governo Jair Bolsonaro, que prevê aumento da idade mínima de concessão da aposentadoria para 62 anos, no caso das mulheres, e 65 anos para os homens, deve ser encaminhada à Câmara Federal na próxima quarta-feira (20). O governo ainda não divulgou detalhes sobre o projeto, o que deverá ser feito apenas depois de enviá-lo ao parlamento.

Confira abaixo vídeo “As mentiras de Bolsonaro sobre a Reforma da Previdência”

 

Fonte: Adufes