Centrais definem jornada de lutas unificadas em defesa da Previdência

As entidades defiram um calendário de atividades para intensificar a campanha contra a Reforma da Previdência rumo à construção da Greve Geral

Na próxima terça-feira (2), haverá o lançamento de um abaixo-assinado nacional contra a Reforma. A orientação é que essa atividade seja realizada nos estados e regiões, juntamente com a divulgação da Calculadora do Dieese. O aplicativo simula o tempo necessário para o trabalhador se aposentar, caso a reforma seja aprovada. Na capital paulista, o lançamento ocorrerá em frente ao Teatro Municipal, na Praça Ramos, às 10 horas.

O objetivo do abaixo-assinado é intensificar a campanha junto à população, para explicar como a PEC 6/20019 significa o fim do direito à aposentadoria. Pretende-se também alertar para outros ataques, como ao BPC, PIS/PASEP, pensão por morte, entre outros. Será distribuída uma cartilha explicativa para a população.

No dia 9 de abril, acontecerá uma ação unificada das centrais sindicais no aeroporto de Brasília. O foco é pressionar deputados e senadores que desembarcarem no local, para que não votem a favor da PEC da Reforma da Previdência. A partir de agora, orientação é também pressionar de forma permanente os parlamentares, no Congresso e em suas bases.

Outra atividade aprovada é o apoio e participação das centrais sindicais à provável greve nacional dos trabalhadores da Educação. A paralisação está prevista para o dia 26 de abril e será confirmada após reunião da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE). A orientação, confirmada a greve, é a realizar de ações unitárias nos estados neste dia, para unificar a defesa da Educação Pública e da Previdência.

O 1° de Maio – Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores – é a próxima data nacional de luta unificada apontada pelas centrais. As manifestações deverão ser organizadas em todo o país com foco na luta contra a Reforma da Previdência e contra o desemprego.

Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN, considera o calendário de luta das centrais insuficiente para a conjuntura. “O ANDES-SN avalia que o calendário de luta das centrais sindicais está muito aquém das necessidades da conjuntura. Isso nos impõe a tarefa de construir as lutas nos estados. Por isso, devemos construir nos estados os Fóruns Sindicais, Populares e de Juventudes. Os fóruns podem nos levar a um patamar que dê conta dos desafios da conjuntura”, comenta.

O presidente do ANDES-SN também avalia que, se confirmada, a paralisação da CNTE em 26 de abril será uma data fundamental para o crescimento das lutas no país.

O encontro das Centrais Sindicais, que definiu o calendário de lutas, aconteceu na sede do Dieese, em São Paulo, na última terça-feira (26/3). Os participantes também avaliaram os atos do dia 22/3, contra a PEC 6/2019. As atividades realizadas nos Estados foram consideradas vitoriosas.

*Fonte: CSP Conlutas. Com Edição do ANDES-SN e Adufes