#30M: capixabas vão ocupar novamente as ruas da capital em defesa da educação

Na manhã desta quinta será realizado intensa panfletagem nos portões centrais da Ufes. De acordo com levantamento de entidades estudantis que convocaram o ato, até o momento mais de 100 protestos já estão programados no país.

Estudantes, professores e técnicos darão mais uma vez o recado ao governo Bolsonaro: “não vai ter corte, vai ter luta!”. Nessa toada, a Adufes, entidades classistas e movimentos sociais reforçam o chamado à participação no 30M. Na Ufes, a concentração para o ato será às 16h30, em frente ao Teatro Universitário, no campus de Goiabeiras. No mesmo horário, haverá também concentração no Instituto Federal de Educação (Ifes/Vitória), próximo à Pracinha de Jucutuquara. Dessa vez, o destino é a Secretaria de Estado da Educação (Sedu), na Avenida Cezar Hilal.

greve capa pare com os cortesO dia 15M entrou para a história como o “tsunami” em defesa da Educação. E o 2º Dia Nacional de Lutas em Defesa da Educação Pública será mais um ação de luta no enfretamento aos cortes anunciados pelo ministro, Abraham Weintraub e vários outros ataques. Os/as manifestantes deixarão o campus por volta das 17 horas. A data também contribuirá na construção da Greve Geral, marcada pelas centrais sindicais para 14 de junho, que pretende enfrentar a reforma da Previdência.

Com faixas e cartazes, os/as manifestantes vão chamar a atenção da população para o importante papel das universidades públicas e Institutos Federais e apresentar de forma simples os riscos que as instituições estão correndo, caso os cortes no orçamento feitos pelo governo Bolsonaro não sejam revertidos.

Avaliação. Além do ato, o 2º Dia Nacional de Lutas vai ser marcado pela paralisação de 24 horas de diversas categorias que atuam na educação, entre elas os docentes da Ufes e dos Institutos Federais (Ifes) de Vitória, Guarapari, Serra e Cariacica.

O presidente da Adufes, José Antônio da Rocha destaca que haverá diferentes tipos de atividades nos campi dafoto ato dia 15 05 Ufes e também nas universidades do país. São aulas públicas, rodas de conversas, debates e passeatas. “Os cortes anunciados vão inviabilizar o funcionamento das universidades, em poucos meses. A comunidade acadêmica e a população precisam saber dessa realidade”, destaca.

Desde a semana passada, os representantes das entidades sindicais e movimentos sociais vêm fazendo reuniões de avaliação das manifestações do dia 15 de maio. “Foi sem dúvida uma das maiores greves da educação. Conseguimos mobilizar diversos trabalhadores/as e reunir todos os segmentos”, comemora Rocha, salientando também o apoio da população em todo o trajeto da manifestação.

Cortes de verbas. A justificativa para os cortes, segundo o ministro, seriam “gastos excessivos” das instituições de ensino com atividades desnecessárias. Abraham Weintraub, que inicialmente anunciou um corte de 30%, em seguida. Nesse domingo (26), o próprio presidente Jair Bolsonaro, que havia chamado os manifestantes de “idiotas úteis”, disse que, na verdade, seriam “inocentes úteis”.

faixa no teatroRecentemente o reitor da Ufes, Reinaldo Centoducante, chegou a anunciar que a universidade perdeu mais de R$ 30 milhões, valor que já não consta no sistema de receita. Já o Ifes informou que só tem verbas para funcionar até setembro deste ano. O presidente da Adufes ressalta a importância da participação de docentes, técnicos e estudantes no ato. “Mostraremos por meio de diversas ações que é preciso mais do que nunca defender a educação pública, gratuita e de qualidade”, diz.

Faixa em defesa da Educação Pública. Na tarde desta quarta-feira (29), um ato simbólico e em conjunto foi realizado em solidariedade à Universidade Federal do Paraná, onde um grupo que participou das manifestações pró-bolsonaro no último domingo (26) arrancou, em apoio ao presidente, uma faixa colocada em frente à sede da reitoria com o dizer: “Em Defesa da Educação”. As federais do País vão afixar em seus campi, simultaneamente, faixas com o mesmo dizer. Na Ufes, o local escolhido foi o Teatro Universitário.

Fonte: Adufes