#GreveGeral14J: trabalhadores/as capixabas protestam contra a reforma da Previdência


O Estado amanheceu paralisado e com atos em vias estratégicas.

Na capital, por volta das 4h30, já havia piquetes e manifestações na entrada da Vale (na Orla de Camburi), na Praça Costa Pereira e na Rodoviária de Vitória (Centro). O mesmo ocorreu nas 2ª e 3ª Pontes, em Vitória e Vila Velha, respectivamente.

No campus de Goiabeiras/Ufes, os portões amanheceram com correntes e cadeados.Além do direito à previdência, a comunidade acadêmica protestou contra os cortes de verbas na educação e os retrocessos do governo Bolsonaro.

Com o apoio de professores/as, estudantes e técnicos/as do Instituto Federal do ES (Ifes), o grupo reforçou nas ruas e nos piquetes a necessidade de intensificar a mobilização contra a retirada de direitos.

Em um dos portões da universidade, os/as professores/as dialogaram com motoristas e visitantes que insistiam em adentrar na unidade.  Esteve na pauta da greve, o respeito à soberania nacional e medidas efetivas para geração de empregos.

No final da manhã desta sexta-feira (14), várias categorias se juntaram em um ato unificado em frente ao prédio da Federação das Indústrias do ES (Findes), na Avenida Reta da Penha.

Com faixas, cartazes e bandeiras por onde passavam os/as manifestantes pediam apoio das pessoas. “Não queremos essa reforma da previdência, nem uma educação sucateada. Por isso, da Greve Geral”, disse o presidente da Adufes José Antônio da Rocha Pinto.

Ele ressaltou que, ao contrário do que a mídia corporativa está frisando nos telejornais, os/as manifestantes não são vândalos. “Estamos nas ruas denunciando o desmonte da previdência e a retirada de direitos”.

Uma categoria que tentou aderir de forma integral ao movimento paredista foi a dos rodoviários. O sindicato chegou a comunicar os patrões em 7 de junho sobre a paralisação das atividades por 24 horas. Por decisão da justiça, no entanto, os ônibus circularam nesta sexta-feira com 70% da frota em horários de pico e 50% nos demais horários.

Estimativa. Após os atos vitoriosos dos dias 15 e 30 de maio em defesa da educação pública e gratuita, os/as trabalhadores/as ocuparam novamente as avenidas do Brasil. Estima-se que foram paralisados mais de 100 locais de trabalho nos 26 estados e o Distrito Federal.

“Convocamos mais um dia de mobilização para mostrar que nossa luta apenas começou. Nosso objetivo é reverter os cortes e barrar a reforma da Previdência. Temos força para isso”, ressaltou o diretor do Sindibancários/ES, Carlos Pereira de Araújo, o Carlão. 

Trabalhadores da educação, da saúde, de água e esgoto, dos Correios, da Justiça Federal, bancários, portuários, agricultores familiares, motoristas, cobradores, caminhoneiros, petroleiros e outros usaram o dia de trabalho para dizer bem alto “Basta de cortes e não à reforma da Previdência”.

Fonte: Adufes