Plenária de organização da Greve Geral de 14 de junho será nesta terça-feira em Vitória

Atividade será realizada às 18h30, no Centro Sindical dos Bancários, na Ilha de Santa Maria, na capital capixaba. Participe!

Trabalhadores, trabalhadoras, movimentos sociais e sindicais estão convidados para a plenária de mobilização da greve geral que acontece no próximo dia 14 de junho. O movimento nacional está sendo organizado pelas centrais sindicais contra a ‘reforma’ da Previdência. 

A greve reforçará também o coro contra o corte nas universidades e instituto federais, além das políticas adotadas pelo governo Jair Bolsonaro (PSL). “A categoria está convidada para a plenária desta terça-feira, 4. No encontro, vamos  reafirmar a nossa decisão de parar no dia 14  para derrotar esta reforma que só agrada ao mercado financeiro, mas prejudica a classe trabalhadora e o futuro do Brasil “, destaca o presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto.

Alguns motivos para dizer não à reforma da Previdência de Bolsonaro (PEC 06/2019)

Ela acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição e impõe a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres.

Aumenta o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 20 anos.

Muda o cálculo do valor do benefício para reduzir o valor pago pelo INSS: os trabalhadores vão receber apenas 60% do valor do benefício.

Para ter direito à aposentadoria integral (100% do benefício), o trabalhador e a trabalhadora terão de contribuir por pelo menos 40 anos.

Também prejudica quem já é aposentado, porque exclui da Constituição Federal a regra da reposição anual da inflação para os benefícios acima do salário mínimo. E mais: desvincula os valores dos benefícios do salário mínimo. Isso quer dizer que o benefício vai valer cada vez menos.

A proposta adota o sistema de capitalização, que seria uma espécie de poupança individual de cada trabalhador para sua futura aposentadoria. Porém, atualmente, o sistema é solidário: o trabalhador, o governo e as empresas contribuem para cobrir os benefícios de quem está aposentado. Mas, no sistema de capitalização, empresas e governo não vão contribuir com mais NADA.

Na capitalização, o dinheiro dos depósitos dos trabalhadores vai para os bancos, que cobram taxas de administração. Na prática, isso rende menos que a poupança, como já se viu em outros países.

Conforme relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), dos 30 países que adotaram o tal sistema de capitalização, 18 já desistiram dele, voltaram atrás porque foi um fracasso. E outros estão tentando modificá-lo, como no Chile, México, Colômbia e Peru, pois deixa os aposentados na miséria.

No Chile, com esse sistema implantado na ditadura de Pinochet, mais de 80% dos aposentados recebem apenas meio salário mínimo ou até menos. Por isso, o país tem hoje o maior número de suicídios na América Latina, principalmente de idosos.

 Fonte: Adufes