#13A abre agenda de luta do semestre na Ufes e Ifes

Estudantes, professores, sindicalistas, trabalhadores e ativistas dos movimentos populares denunciaram retrocessos do governo de Jair Bolsonaro (PSL). Veja galeria fotos   #Tsunami13A

 A nossa luta, unificou. É estudante junto com trabalhador”, esse foi o grito que ecoou durante quase todo o percurso do ato público desse 13 de agosto, em Vitória. Com dois pontos de concentração (campus Goiabeiras/Ufes e no Ifes/avenida Vitória), o terceiro “Tsunami da Educação” reuniu profissionais da educação e diversas categorias de trabalhadores em defesa da educação, contra o projeto Future-se, além da reforma da Previdência em tramitação no Senado.

De acordo com o presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto, o 13A foi outro importante dia de resistência ao projeto de destruição da educação pública do ministro Weintraub e do presidente Bolsonaro e que, portanto,  a luta não acabou. 

 Educação é resistência. Aos gritos “eu tou na rua, não abro mão, essa balbúrdia vai salvar a educação”, milhares deixaram o campus de Goiabeiras/Ufes, no início da noite da quarta-feira (13/8). Por volta das 16 horas, vários grupos já se aglomeravam em frente ao Teatro Universitário. Por meio de capoeira, poesia, jogral, batuques e também com faixas e cartazes, chamaram a atenção sobre os cortes e a previdência pública.

Com o vigor característico da juventude, os estudantes usaram os dois carros de som para dizer que vão botar Bolsonaro “na linha” e avisaram que “esse é o tsunami que vai barrar os cortes” e ensinaram “solte o verbo, venha ser feliz, porque ninguém manda no que a rua diz”.  O ato terminou por volta das 21 horas em frente à Assembleia Legislativa, na Enseada do Suá. 

Cortes. Desde o início do governo que Bolsonaro tem se colocado como inimigo da educação. O setor perdeu até agora R$ 6,2 bilhões em recursos. Em maio, após anunciar cortes na área, os protestos pelo país começaram. Os primeiros atos foram realizados nos dias 15 (15A) e 30 de maio (30M ), e em 14 de junho (14J).

13A a aula é na rua.  O dia de Greve Nacional da Educação foi também de panfletagens e aulas públicas na Ufes sobre os cortes de verbas, o Future–se e sobre o caráter social da universidade pública.  A professora Lívia Godoi, do curso de Ciências Sociais,  ministrou aula aberta sobre o fim da universidade pública.  De acordo com Lívia, o Future-se irá criar uma universidade extremamente excludente. 

 “O caráter social da universidade” foi tema de outra aula pública ministrada pelo Coletivo Professores em Movimento. A docente Junia Zaidan, que integra o grúpo, fez explanação sobre os desafios das instituições públicas em promover a transformação da sociedade.  

Fonte: Adufes