Docentes da Ufes deliberam pela paralisação no 13 de agosto – Greve Nacional da Educação

Em assembleia, categoria aprovou também por unanimidade um indicativo de greve por tempo indeterminado. 

Pela educação e contra a mercantilização das universidade públicas, professores e professoras da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)  decidiram nessa quarta-feira, 7/8, aderir à Greve Nacional de 13 de Agosto (13A), contra o programa Future-se, a reforma da Previdência, e outros retrocessos.  Com isso, a categoria participará das atividades que ocorrerão durante o dia da próxima terça-feira, incluindo ato público que sairá do Teatro da Ufes, em Vitória.

A concentração para a caminhada, que terá como destino à Assembleia Legislativa, na Enseada do Suá, será às 16 horas, no Campus de Goiabeiras. (foto do cartaz com horário e local Ufes e Ifes). A comunidade acadêmica do Centro Ciências da Saúde (CCS), em Maruípe, sairá da unidade por volta das 15 horas para se juntar aos manifestantes no campus Ufes/Goiabeiras. A manifestação terá a participação de estudantes e professores do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes).

Future-se . Durante a plenária na sede da Adufes, a categoria se mostrou  contrária à totalidade do Projeto de Lei (PL) “Future-se”, do Ministério da Educação (MEC). Na avaliação geral, o programa representa perdas da autonomia na gestão e atividades fins e da estabilidade de servidores. “Esse programa do governo de extrema-direita aprofunda a descaracterização e o sucateamento da universidade pública”, ressaltou um docente, destacando a intenção clara de privatização da educação.

O presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto, informou a todos/as que o Sindicato está preparando atividades, como debates  e encontros, a serem realizados em todos os campi após a volta às aulas. “É fundamental que a categoria conheça o que de fato está por trás do future-se e reforce as lutas e resistências necessárias a mais este ataque às universidades federais”, frisou. 

Café com Prosa e debate. Uma das atividades será na próxima quarta-feira (14), às 15 horas, na sede da Adufes, tendo como debatedora a secretária-geral do sindicato Nacional (ANDES-SN), Eblin Farage. No mesmo dia, porém pela manhã ( de 8 às 12 h),  haverá Café com Prosa sobre o tema na sede do Sindicato dos Técnicos Administrativos da Ufes (Sintufes /campus de Goiabeiras). O palestrante será Flávio Sereno, mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública e coordenador-geral do Sindicato dos Técnicos-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino de Juiz de Fora (Sintufejuf). “Temos que nos unir para lutar contra o future-se porque isso não é futuro, mas sim a privatização da Universidade Pública”, alerta Wellington Pereira,  da coordenação do Sintufes. Os dois eventos são abertos e estão todos/as convidados/as.

Paralisação por tempo Indeterminado.  Esse é outro movimento que está sendo construído nas Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) em conjunto com movimentos sociais e sindicais, contra os ataques constantes do governo de Jair Bolsonaro à educação. Na Assembleia Geral de quarta,7, os professores da Ufes votaram SIM pelo indicativo de greve por tempo indeterminado.  

A decisão será levada para discussão na reunião do setor das Federais do ANDES-SN, marcada para o próximo fim de semana, em Brasília.  Ainda sem data definida, a mobilização nacional terá como reivindicação o fim aos cortes, autonomia universitária, revogação da EC  95/2016, estabilidade dos servidores públicos, reforma da previdência, entre outros pontos.  

A decisão será levada para reunião do setor das Federais do ANDES-SN no fim de semana, em Brasília. Ainda sem data definida, a mobilização futura terá como reivindicação o fim aos cortes, autonomia universitária, revogação da EC 95/2016, estabilidade dos servidores públicos, reforma da previdência, entre outros pontos.

Fonte: Adufes