Após pressão da comunidade acadêmica, Conselho Universitário realiza sexta-feira (27), a partir das 9 horas, sessão sobre o projeto Future-se. Será no Teatro Universitário e é muito importante que os/as docentes estejam presentes.
O Conselho Universitário da Ufes irá reunir a comunidade acadêmica para, então, se manifestar a respeito do programa de precarização e privatização da educação pública, o “Future-se” do governo Jair Bolsonaro. A decisão pelo agendamento da reunião pública e aberta ocorreu após mobilização da comunidade interna que cobra posicionamento da Ufes em relação ao programa, a exemplo de dezenas de universidades federais do país.
Tema polêmico, o assunto é de amplo interesse da comunidade acadêmica e da sociedade capixaba. Lançado em julho pelo Ministério da Educação (MEC), o Future-se é um programa que põe em risco a existência da universidade pública e gratuita, uma vez que entrega a gestão das instituições às organizações sociais (OSs).
Só retrocessos. No último fim de semana, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que vai estimular as universidades federais a contratarem professores e técnicos pelo regime CLT (carteira assinada). Hoje, eles passam por concurso público e têm direito à estabilidade.
“A contratação de professores via concurso foi uma conquista do movimento docente e se deu a partir do regime democrático (1986). Um novo modelo de contratação intermediado por Organizações Sociais (OSs), e também todas as propostas do Future-se representam enormes retrocessos para a educação e toda a sociedade”, diz o presidente da Adufes, José Antônio da Rocha Pinto
Sessão aberta. Tema central da do Conselho Universitário (CUn) da Ufes, a atividade de sexta-feira (27) terá transmissão via web. No entanto, lembra o presidente da Adufes, é importante que a comunidade esteja lá, ao vivo, para se manifestar sobre o Future-se.
“Contamos com a presença de todos/as. Vamos mostrar aos conselheiros e à administração Central da Ufes nosso posicionamento contra esse absurdo proposto pelo governo Bolsonaro”, lembra Rocha, destacando que espera que, a partir desse debate, a Ufes também diga NÃO ao Future-se.
Fonte: Adufes