Professoras/es, técnicos e estudantes da Ufes marcaram presença no ato. Leques com os dizeres “Educação Sim – Racismo e Sexismo Não” e marcadores de livro sobre a data foram distribuídos pela Adufes. Galeria de Fotos do 8 de Março
“Se cuida, se cuida, se cuida seu machista, a América Latina vai ser toda feminista”. Esse foi um dos cantos entoados por centenas na tarde de sexta-feira (6/3) em ato que coloriu de roxo e lilás as ruas contra o machismo, contra a violência e a retirada de direitos. A Marcha antecedeu o Dia Internacional da Mulher que contou com programação político-cultural no domingo (8), no Parque Moscoso, também no centro da capital capixaba.
Com faixas, cartazes e palavras de ordem combativas, elas denunciaram o aumento do feminícidio no Brasil, o quinto país que mais mata mulheres no mundo. E o número de mulheres assassinadas no Espírito Santo também é assustador. Apenas nos 2 primeiros meses deste ano já ocorreram 15 homicídios e 5 feminicídios (crimes de ódio motivados pela condição de gênero), principalmente de mulheres negras.
“Os números podem ser ainda maiores, tendo em vista que os registros de homicídios e de outras violências contra as mulheres seguem sendo pouco notificados”, pontuou Nildete Turra, militante do Fórum de Mulheres ES. Com o mote “Basta de Violências! Mulheres nas Ruas por Direitos”, a caminhada reuniu trabalhadoras/es do campo e da cidade, quilombolas, estudantes, lideranças sindicais, coletivos e militantes de movimentos sociais, mostrando sua força delas para denunciar todas as formas de violações. As manifestantes gritaram também “fora Bolsonaro” e “ditadura nunca mais”.
Diálogo com a comunidade. Durante o trajeto entre a Defensoria Pública Estadual, local da concentração, até o Museu Capixaba do Negro (Mucane) ocorreram intervenções culturais e urbanas nas escadarias do Palácio Anchieta, Mucane e 
Teatro Glória. O esclarecimento dos assassinatos da vereadora carioca Marielle Franco, que completa dois anos no dia 14 de março, e do seu motorista Anderson ainda inconcluso, também foi ressaltado.
Velas acesas, faixas, cartazes e com performances diversas, as manifestantes denunciaram, ainda, o racismo e o preconceito contra pessoas LGBT, população periférica e negras.
Adufes na caminhada. A comunidade acadêmica da Ufes acompanhou todo o trajeto. A presidenta da Adufes, Ana Carolina Galvão, a secretária-geral, Junia Zaidan, a 1ª secretária, Daniela Zanetti, além de conselheiras/os e docentes da base do sindicato estiveram no ato, distribuíram leques e marcadores de livro.
“Todas as políticas públicas estão sendo desmontadas. Enquanto a gente se mantiver calada, vai ter impunidade e vamos perder direitos. Então, quanto mais sairmos às ruas, melhor”, disse a presidenta da Adufes. A professora lembrou dos cortes orçamentários promovidos por Bolsonaro e da Greve Nacional da Educação do próximo dia 18. “Nós, professoras/es, técnicos e estudantes estamos juntos resistindo às ameaças que a universidade tem enfrentado neste governo”.
Ato político-cultural no dia 8. Uma super programação marcou a jornada de luta das mulheres nesse domingo, 8 de março, no Parque Moscoso. Apresentações musicais, aula pública “Porque o preço dos combustíveis está tão caro”, teatro, roda de história, oficinas de malabares, de ervas curativas e de doce vegano com produtos do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA) foram oferecidos ao público.
III ocupação feminista no campus Alegre. Houve atividade também nesse domingo no campus da Ufes, em Alegre (sul), com feira de economia solidária, rodas de conversa, oficinas e atrações culturais. Com o tema “As violências de gênero e seus impactos na sociedade”, a III Semana da Mulher de Alegre conta com o apoio da Adufes.
O evento prossegue até sexta-feira, 13, com Mostra, exibição de documentário, palestras e Mesa-redonda “A violência Política de Gênero, na noite de segunda-feira (9). A vice-presidente da Adufes, Aline Bregonci compôs a mesa.
Fonte: Adufes
Fonte: Adufes