Adufes faz nova interpelação à Progep sobre registro funcional que considera “Trabalho Remoto COVID-1” como “Afastamento”

A Progep alega que o registro não traz nenhum prejuízo funcional e que tal categorização é feita por “aplicativos” do governo. Levantamento feito pelo sindicato junto a diversas universidades mostra a não adoção de tal prática.

As explicações da própria Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas da Ufes foram dadas em forma de ofício encaminhado ao sindicato em que afirma que “os registros estão corretos e que tratam de uma mera ocorrência denominada “Trabalho Remoto COVID-19”.  Tal justificativa é considerada frágil pelo Sindicato, uma vez que consulta a outras universidades mostra que a Ufes é uma das poucas que comete a irregularidade de tipificar o trabalho remoto durante o período de pandemia como “afastamento”.

Veja nas imagens abaixo como são feitos os registros de docentes da Ufes, da UFPB,  UFBA e UFRB. Nas três últimas universidades indicadas nas imagens, não consta nenhum registro de afastamento “Trabalho Remoto COVID-19”. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 A Ufes tem alegado que o registro é feito por aplicativos e que estes “foram desenvolvidos e são gerenciados pela Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal (SGDP) do Ministério da Economia (ME), órgão central do SIPEC”. Veja abaixo imagem de Registro de “afastamento” e  Mapa de afastamentos por tipo de docente na Ufes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nesta terça-feira (28/4), o sindicato encaminhou resposta ao ofício da Progep em que afirma que as/os docentes se encontram EM ATIVIDADE e não AFASTADOS. “Uma vez que não tendo o Conselho Universitário, através da Resolução 07/2020, suspendido o calendário acadêmico, que inclusive era ponto de reivindicação da Adufes, os docentes mantiveram suas atividades, no entanto, de maneira remota, ante a impossibilidade de exercê-las presencialmente”, diz o ofício.

A presidenta da Adufes, Ana Carolina Galvão, afirma que a mobilização do Sindicato para convencer à universidade de que a forma de registrar a atividade docente durante a pandemia está equivocada tem sido intensa. Em ofício anterior, o sindicato destacou a consulta feita a outras universidades, questionando com isso que o cadastramento estava inadequado e, portanto, precisava ser revisto. Em vídeo, a Adufes alertou a categoria sobre esse procedimento e as medidas que estavam sendo adotadas pela entidade.

Na última reunião dos setores do ANDES-SN, dia 17, a professora Ana Carolina pediu ao Sindicato Nacional a ampliação desse debate para que o problema seja enfrentado coletivamente. 

Fonte: Adufes