Trabalhadores cruzaram os braços por 24 horas nessa quarta-feira, 1º de julho. O Fórum Capixaba em Defesa da Vida das Trabalhadoras e Trabalhadores – do qual a Adufes faz parte – participou do protesto.
Chamada de “breque dos apps”, a manifestação protestou contra as os baixos salários e as péssimas condições de trabalho a que estão expostos os entregadores, sobretudo durante a pandemia do novo coronavírus. A categoria, que promete novas paralisações, reivindica aumento no pagamento das corridas e da taxa mínima das entregas, seguro de vida, cobertura contra roubos e acidentes, além da garantia de equipamentos de proteção individual.
No Espírito Santo, os entregadores fizeram manifestação na avenida Reta da Penha, em Vitória, onde funcionam escritórios de empresas de aplicativo. A diretora da Adufes, Junia Zaidan, e outros integrantes do Fórum Capixaba em Defesa da Vida das Trabalhadoras e Trabalhadores acompanharam o ato, que saiu do bairro Jardim da Penha, também na capital.
De acordo com Lemão, integrante do Coletivo Entregadores Antifascistas ES (um dos organizadores do ato em Vitoria), a realidade dos entregadores é de precariedade e piorou com a pandemia. “Durante as nossas atividades diárias, não temos sequer lugar para beber água, possibilidade de ir ao banheiro e as empresas não toleram o mínimo de atraso nas entregas”, disse.
O Fórum Capixaba em Defesa da Vida das Trabalhadoras e Trabalhadores publicou nota de apoio ao movimento. “A greve dos entregadores parte da realidade concreta de quem se vê à margem da proteção do Estado e de legislação trabalhista, cujo desmonte se aprofundou com a contrarreforma de 2017 e continua em franca consecução. É, portanto, a greve de uma categoria que simboliza a luta do conjunto da classe trabalhadora contra a opressão pelo trabalho de suas mãos, que produzem as riquezas e tornam possível o funcionamento do país”, diz o Fórum na Nota Pública.
Fonte: Adufes