INFORMANDES destaca: Ensino remoto em substituição ao presencial? Tô fora!

O Informativo do Sindicato Nacional traz na capa o mote da recente campanha de conscientização, lançada em parceria com o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), contra o ensino remoto.  O informativo revela a preocupação maior das instituições de ensino: cumprir o calendário escolar sem levar em conta o processo formativo, a precarização do ensino, o adoecimento e exclusão em massa, especialmente de grupos mais vulnerabilizados.
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Traz, ainda, dados de pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil, divulgada em maio, que aponta que 61% dos domicílios não tem acesso a computadores e 29% à internet. Pelo recorte socioeconômico, enquanto 95% dos domicílios da classe A possuem algum tipo de computador, eles estão presentes em apenas 44% dos domicílios da classe C e 14% dos domicílios das classes D e E. O levantamento mostra que desde 2016, há uma queda na presença desses dispositivos nos domicílios brasileiros.

Pressão pelo retorno das aulas. A retomada das atividades acadêmicas a qualquer custo, sem debate com as comunidades acadêmicas tem sido efetivada por quase todas as instituições de ensino. De acordo com o Andes-SN, resoluções têm sido aprovadas de forma aligeirada, sem considerar os diversos aspectos envolvidos na retomada do calendário acadêmico de maneira remota emergencial em meio à pandemia de Covid-19.

Foi o que aconteceu na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Desde março, quando as aulas foram totalmente suspensas, a Adufes, junto do segmento discente e dos técnicos, vem lutando pela suspensão do calendário, o que possibilitaria a desaceleração das tramitações e, assim, da efetiva construção coletiva de caminhos para a comunidade acadêmica na pandemia. Porém, a reitoria se valeu de diversos mecanismos para manter o calendário e, na sequência, aprovar o Ensino-Aprendizagem Remoto, Temporário e Emergencial (Earte), sem incorporar as indicações feitas pelos centros de ensino, consultados durante as férias e com prazos muito curtos.  

Além de participar da campanha “Ufes contra o ensino remoto; ninguém fica para trás”, juntamente com DCE e Sintufes, a Adufes lançou em junho a cartilha “A Ufes e o ensino remoto em tempos de pandemia” que analisou as implicações da adoção do ensino remoto e propôs vários encaminhamentos para a universidade. Um deles era a realização de plenárias acadêmicas virtuais visando a ampla discussão sobre as decisões a serem tomadas, o que continua sendo aguardado, mesmo após a deliberação dos conselhos superiores sobre o tema.

Fonte: Adufes