Racismo estrutural na Ufes e a luta para combatê-lo será tema de live da Adufes


A transmissão ao vivo desta quarta-feira, 5/8, às 17h, ocorrerá pelo  Youtube e Facebook do Sindicato, com acessibilidade em LIBRAS

O racismo estrutura a sociedade brasileira e, portanto, está presente nas universidades e na produção de conhecimento.  Para falar sobre como o racismo se apresenta nos dias atuais, a Adufes convidou duas pesquisadoras do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB) da Ufes e integrantes do GT Classe, Etnicorraciais Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) do sindicato, Jacyara Silva de Paiva e Débora Araújo.

O 1° debate online de agosto será intermediado pela presidenta do Sindicato, Ana Carolina Galvão. Após dez anos da implementação do sistema de cotas na Ufes um dos grandes desafios é a implementação de políticas institucionais de garantia à permanência e combate ao racismo no âmbito da instituição.

A Pesquisa Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil (publicada pelo IBGE em nov/2019) mostra que o número de matrículas de estudantes negros e pardos nas universidades públicas ultrapassou, pela primeira vez, o de brancos. O grupo de negros e pardos passou para 50,3%. “Parece muito, mas não é, se considerarmos que 56,10% das/os brasileiras/os se declaram negras,” frisa Jacyara Silva de Paiva, professora do Centro de Educação e presidente da Comissão de Verificação de Autodeclaração da Ufes.

Dentre as questões que orientarão a live estão o compromisso das instituições de ensino superior, em especial da Ufes, com o Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana; com a formação de docentes e com a promoção de políticas afirmativas para ingresso de estudantes e docentes negras/os.

“Vamos falar sobre os desafios da disciplina de Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER), carga horária e o espaço que ela ocupa no currículo, sendo que muitos ainda não a têm como disciplina obrigatória”, ressalta Débora Araújo, também docente do Centro de Educação da Ufes.

A presidenta da Adufes enfatiza a relevância do assunto numa sociedade marcada pela discriminação e pelo preconceito racial. “Isso ocorre também dentro das universidades, daí a importância de debater o tema”, finaliza.

Fonte: Adufes