A divulgação oficial dos resultados ocorrerá nesta terça-feira,10, quando se encerra o prazo para a interposição de recursos.
O resultado foi divulgado pela Comissão Eleitoral Central (CEC) após 4 dias de votação em salas virtuais, que levou 12.856 mil docentes às urnas em todo o país. Com 7.086 votos, a Chapa 1, Unidade para Lutar, é encabeçada por Rivânia Moura, da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN). A nova diretoria, que deverá ser empossada em dezembro, ficará à frente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) no biênio 2020-2022.
Na Adufes, a Chapa 1 também foi vencedora com 161 votos contra112 para a Chapa 2. Houve, ainda, 2 votos em branco e 2 nulos. Na avaliação da presidenta da Comissão Eleitoral Local (CEL), Junia Zaidan, embora segura, a votação virtual reduziu o comparecimento da base às urnas. “Trabalhamos no sentido de minimizar as dificuldades impostas pela modalidade remota. A porcentagem de votantes na Adufes foi de cerca de 15% da base, índice que reflete o esgotamento da categoria com as atividades remotas”, pontua. Em 2018, o índice de votantes foi de 25%.
Na avaliação de Junia, a insuficiência de debate nacional que realmente envolvesse as/os docentes e o prazo exíguo para a realização do pleito deste ano também contribuíram para o índice baixo de votantes. Além dessas questões internas, a professora aponta os constantes ataques do atual governo ao movimento sindical.
Com apoio das elites políticas, Bolsonaro implementa campanha pelo esvaziamento das entidades visando impedir a organização popular contra as políticas governamentais. “O baixo comparecimento às urnas também precisa ser interpretado no contexto mais amplo da intensificação da superexploração neste cenário ultraliberal, que impõe à nova direção nacional a exigência de genuína unidade com todos os grupos políticos que o Andes-SN abriga, diz Junia.
Apesar de alguns problemas nos procedimentais técnicos – em nível nacional – a CEL selecionou e a CEC treinou um grupo de mesários, que trabalhou no pleito junto com fiscais indicadas/os pelas chapas concorrentes. Todas as reuniões da CEL foram registradas em atas e divulgadas no site da Adufes. Até dia 24/11, a CEC deverá apresentar relatório financeiro do processo eleitoral à Diretoria do ANDES-SN.
Apuração. A computação dos votos da nova diretoria do Andes-SN começou na noite de sexta-feira, (6/11), logo após o encerramento das urnas virtuais. A apuração estendeu-se até a madrugada, sendo suspensa na manhã de sábado (7) e retomada à tarde, quando se divulgou o resultado da apuração.
Para o professor da Ufes Ricardo Behr, eleito primeiro Tesoureiro da Regional Leste pela Chapa 1, Unidade para Lutar, a diretoria terá muito trabalho pela frente. “Apesar da excepcionalidade da forma e do momento, a categoria respondeu ao processo democrático das eleições. Agora é lutar para que o “emergencial” do ensino remoto não se torne permanente e ampliar a unidade de ação para dizer um basta ao governo Bolsonaro.”
O momento particular é lembrado também pelo professor Luiz Alexandre Oxley da Rocha, que disputou a vaga de 2º VP da Regional da Chapa 2, RENOVA ANDES. “Saudamos os docentes que superaram os obstáculos impostos ao voto, em especial aos 112 que sufragaram, no ES, a Chapa 2. Seguiremos nossa luta por uma nova orientação para o ANDES-SN que reate os laços do sindicato com sua base”. A composição completa da chapa pode ser acessada AQUI.
Essa foi a primeira eleição do Andes-SN em que foi assegurada a paridade de gênero na composição das chapas, conforme deliberado em 2018 no 38º Congresso da entidade, sediado em Belém (PA).
Fonte: Adufes