Moção de repúdio à tentativa de silenciamento das vereadoras Camila Valadão e Karla Coser, na Câmara de Vitória

A nota permanecerá aberta para adesões no link cut.ly/CxNiEpF mesmo já tendo sido protocolada na Câmara de Vitória

Desde o início de seus mandatos, em janeiro deste ano, as parlamentares Camila Valadão (PSOL) e Karla Coser (PT) têm sido alvo de investidas verbais agressivas, seja por meio do discurso de ódio de notória natureza misógina e racista, seja por tentativa de silenciamento de suas manifestações na defesa do interesse público. São atos fascistas que se manifestam por meio de tentativas recorrentes de desqualificação tanto das falas de Valadão e Coser, quanto da presença mesma das vereadoras na chamada “Casa do Povo”, configurando flagrante desrespeito às liberdades individuais e aos mandatos legitimamente constituídos.

“Isso não é circunstancial e tem inequívoco fundo político e econômico”, afirma a diretora da Adufes, Junia Zaidan, que participou da articulação do documento por meio do Movimento em Defesa de Direitos e Serviços Públicos de Qualidade. “O que torna as vereadoras uma afronta à maioria dos vereadores é o fato de fazerem os enfrentamentos pelo real interesse da população, esses em radical oposição ao que a maioria dos políticos defendem”, afirma Junia.

Com o objetivo de denunciar esses ataques, os movimentos populares, coletivos e diversas entidades de organização da classe trabalhadora assinam uma moção de repúdio , manifestando irrestrita solidariedade às vereadoras. As assinaturas foram registradas até essa segunda-feira (26) e enviadas à presidência da Câmara de Vereadores de Vitória, aos vereadores e à Comissão de Ética. O documento também pediu apuração e punição dos responsáveis pela quebra de decoro.

No documento, as entidades repudiam toda atitude autoritária de agentes públicos, conforme consta na Constituição Estadual do Espírito Santo, no parágrafo único do Artigo 3º: “O Estado e os Municípios estabelecerão, por lei, sanções de natureza administrativa, econômica e financeira a quem incorrer em qualquer tipo de discriminação, independentemente das sanções criminais”, afirma trecho da moção.

A nota traz quase 2 mil assinaturas – individuais e de entidades – que tanto traduzem a indignação capixaba pela tentativa de imposição do pensamento único e de eliminação da diversidade, quanto reforçam, uma vez mais, a importância de garantia plena, imediata e efetiva dos direitos individuais e coletivos, por parte da Câmara Municipal de Vitoria e mencionados na Constituição Federal.

Adufes