A pedido da Adufes, Cepe vai discutir o ensino híbrido no Centro de Ciências da Saúde

Solicitação foi enviada ao Reitor no final de março e está aguardando providências desde então.

A pauta da sessão ordinária  do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) de 17 de maio finalmente inclui o pedido da Adufes , feito à reitoria em 23 de março sobre o ensino híbrido no Centro de Ciências da Saúde (CCS). Na ocasião, a Adufes questionou a continuidade destas atividades apesar da gravidade da pandemia, que inclusive levou o Governo do Estado a tomar medidas mais rígidas (ainda que insuficientes e tardias) para o controle da situação sanitária naquele momento.

Em resposta, no dia 25 de março, a reitoria enviou o Ofício nº. 153/2021/GR/UFES , em que argumenta que “Cabe à Administração Central, garantir as condições de biossegurança para realização das ofertas das disciplinas no formato híbrido e, por meio do COE, estabelecer os protocolos. Desse modo, o que foi determinado pela Resolução [56/2020-Cepe] como atribuição da Administração Central tem sido realizado, cabendo às direções de centro, aos colegiados e aos departamentos definir sobre a oferta das disciplinas, como determinado no Regimento Interno da Ufes e na Resolução 58/2008 do Cepe”.

Para a presidenta da Adufes, Ana Carolina Galvão, a resposta foi insuficiente. “No final das contas, a Reitoria tentou se eximir da responsabilidade e dar o caso por encerrado uma vez que o CCS informou a suspensão das aulas naquela ocasião”. Justamente por se tratar de algo momentâneo, a Adufes insistiu, e em 31 de março solicitou que o caso fosse encaminhado ao Cepe para uma manifestação colegiada a respeito da questão.

“Nossa persistência é porque não há nenhuma recomendação do Comitê Operativo de Emergência para o Coronavírus da Ufes (COE-Ufes) para avançar o Plano de Contigência da Ufes para a Fase 3, na qual o ensino híbrido seria incluído”, diz Ana. Ainda que os cursos da saúde tenham tratamento diferenciado, Ana entende que a avaliação precisa ser feita de forma cuidadosa “e não é o que percebemos que esteja acontecendo, pois muitos docentes procuram o sindicato para dizer que estão inseguros em ter que assumir atividades presenciais”.

Pedido parado. Desde a última solicitação, não houve mais nenhuma providência por parte da Reitoria, apesar de terem ocorrido três reuniões do Cepe depois disso. “Nós sabemos que houve questionamento e solicitação de inclusão na pauta por parte de conselheiras e conselheiros, o que só foi feito com muito atraso e insistência na última reunião, mas não deu tempo de debater o ponto”, lamenta Ana. Para ela, ter conseguido a inclusão para a próxima reunião não é uma vitória. Apesar da urgência do assunto, foi colocado como último ponto de pauta. “Vamos ter que contar com a solidariedade das conselheiras e dos conselheiros para que peçam inversão da pauta e para que analisem o pedido em caráter de urgência”.

Outras solicitações ao Cepe. O caso do CCS não foi o único requerimento ao Cepe, feito pela Adufes. Após assembleia da categoria realizada em 29 de abril, a Adufes enviou propostas para alterações nas Resoluções nº 56 e 59/2020 e 08/2021, que tratam respectivamente do Earte, encargos docentes e calendário acadêmico. Todos os pedidos se encontram parados. “Por regulamentação, estão dentro do prazo de resposta, mas por urgência e sensibilidade com sua comunidade acadêmica, a reitoria deveria ser mais célere nas providências”, avalia Ana.

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