A epidemiologista ministrou aula magna para as/os calouras/os de Ciências Exatas. A atividade foi acompanhada por estudantes veteranas/os e docentes da Ufes
Estudantes de diferentes áreas de conhecimento têm sido recepcionados na retomada das aulas presenciais na Universidade Federal do Espírito Santo. Na segunda-feira, 18, após dois anos de pandemia, o acolhimento às/aos calouras (os) no campus de Goiabeiras, em Vitória, teve a participação da professora e pesquisadora do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Ufes, Ethel Maciel, que falou sobre a importância do combate à anticiência para estudantes do Centro de Ciências Exatas (CCE), em palestra intitulada “A Pandemia e as ciências exatas”.
Ethel lembrou que em meio à pandemia, a ciência tem sido peça-chave para enfrentar o coronavírus e construir soluções eficazes, como a vacinação da população. Mencionou ainda o problema da disseminação de mentiras (fake news), principalmente por autoridades que atacaram a ciência e as instituições de ensino públicas e recomendaram o uso de medicamentos sem comprovação científica.
De forma didática, a pesquisadora fez uma fotografia do que aconteceu no país, como o Brasil chegou a mais de 660 mil mortos. “Sonhos e vidas foram interrompidas e os números continuam altos, sem contar com as subnotificações que, segundo a OMS, variam de 15 a 20%”, disse, destacando em seguida, a responsabilidade das/dos acadêmicas/os, futuras/os pesquisadoras e pesquisadores diante das demandas sociais.
Ethel lembrou a mutação da Covid-19 que ocasiona o surgimento de novas variantes, mas se disse esperançosa que no segundo semestre tenhamos notícia de finalização de decreto da pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Por fim, referindo-se ao contexto da Ufes, afirmou ter sido um erro a não criação de câmaras e comitês técnicos dentro das instituições de ensino com o objetivo de pensar em solucionar problemas que afligem a humanidade. “Todas as especialidades têm uma contribuição a dar. Matemática, Estatística, Física, Química, Saúde, enfim vários olhares, propondo ações conjuntas para problemas complexos”, disse, completando que a covid-19 mostrou que não são os gestores, mas a ciência que deveria indicar as linhas de ação em situações de saúde pública.
O diretor do CCE, Etereldes Gonçalves, agradeceu a exposição de Ethel Maciel e o estímulo às/aos alunas/os. “Diante dos desafios da pandemia ao longo destes dois anos, foi preciso nos reinventarmos de muitas maneiras, e obviamente criar novas formas de continuar ensinando e aprendendo”, disse completando que “nunca tiramos do nosso horizonte o sonho das (os) estudantes de concluir a graduação no CCE”.
Adufes