Adufes realiza Roda de Conversa com professoras/es da educação básica e debate os impactos da perspectiva antirracista nas escolas

Impactos incluem uma forte reação da branquitude hegemônica contra o avanço de pautas importantes, que foram conquistas do movimento negro, como as políticas de cotas e a obrigatoriedade do estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas, entre outras

A Adufes, por meio do seu Grupo de Trabalho Política de Classe para as Questões Étnico-Raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GT PCEGDS), realizou nesta quarta-feira, 7, a Roda Conversa com Professoras/es da Educação Básica.

O evento aconteceu na sede do Sindicato e contou com a participação das/os professoras/es Rafaella Machado dos Santos, Darlete Gomes Nascimento, Ana Paula Rocha, Jocelino da Conceição Silva Junior e Carlos Fabian de Carvalho. A mediação foi feita pela professora da Ufes Jeffa Santana Moreira. Além disso, Jamilda Bento fez uma participação especial contando histórias ancestrais às/aos presentes.

Durante o encontro, que contou com a presença de docentes e Estudantes da Educação Básica, além de docentes e estudantes da Ufes e outras/os diversas/os profissionais da educação, foram abordados os impactos do racismo na formação da sociedade brasileira e na educação nos diversos níveis, em especial na Educação Básica .

As/os professoras/es convidados trataram de temas como abandono escolar; dificuldade de permanência na universidade; ambientes educacionais hostis para pessoas pretas, sentimento de não pertencimento às instituições de ensino;  importância de ocupação dos espaços pelo povo preto; o processo de se reconhecer como negras/os; invisibilização da história de negras e negros que chegaram ao Brasil de maneira forçada; apagamento das lutas históricas, como a resistência negra ao processo de escravização; o impacto que a perspectiva antirracista causa nos ambientes escolares com forte reação da branquitude hegemônica; entre outras questões.

Debate

A vice-presidenta da Adufes e integrante do GT PCEGDS, Jacyara Paiva, lembrou que o evento foi mais uma ação dentro da programação do Mês da Consciência Negra, referência ao mês em que é lembrado o Dia da Consciência Negra (20 de novembro), que continua com atividades no em dezembro. Ela destacou a importância de promover um debate sobre a perspectiva antirracista na educação básica com professoras e professores negras/os que atuam no campo e que puderam falar a partir de suas experiências e estudos.

“É importante e necessário que a educação básica e o ensino superior caminhem juntos para que políticas antirracistas na Educação possam ser efetivadas. Rodas de conversas, como essa, devem ser constantes para que possamos estreitar diálogos e discutir possibilidades de ações conjuntas futuras”, ressaltou.

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