Baile Preto na Adufes celebra conquistas e reforça a luta por uma universidade antirracista

Alegria para o povo negro é um ato de rebeldia e um posicionamento político que fortalece a luta diária contra o racismo estrutural e institucional

Aconteceu na última sexta-feira, 9 de dezembro, na sede da Adufes, o Baile Preto. Realizado pelo Grupo de Trabalho Política de Classe para as Questões Étnico-Raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) do Sindicato, o evento foi pensado como uma atividade para promover a aproximação entre docentes, estudantes negras/os da Ufes, lideranças negras e integrantes da comunidade universitária que são antirracistas em uma atividade cultural, com música e dança.

A festa contou com a presença da Dj Maré, que é seletora musical do projeto “Original Rajada”. Ela comandou um set que passa pelas afrobrasilidades, pelo reggae e suas vertentes como o Dub, o Dancehall e o Steppa, além do HipHop.

A vice-presidenta da Adufes e integrante do GTPCEGDS, Jacyara Paiva, frisou que o evento reforça a luta antirracista dentro da universidade, dessa vez com uma programação cultural que celebra as conquistas por meio de uma festa.

“O Baile Preto é um movimento de encontro e aquilombamento entre docentes e estudantes negros da Ufes, estudantes e docentes antirracistas e lideranças do movimento negro. Este encontro foi de risos, abraços e danças, porque a alegria para o povo negro é um ato de rebeldia. É um posicionamento político que nos fortalece para a luta diária contra o racismo estrutural e institucional, porque nossa existência preta está irremediavelmente imbricada na alegria”, explicou.

O professor do Centro de Educação (CE) da Ufes e integrante do GTPCEGDS da Adufes, Iguatemi Rangel, esteve à frente da organização do evento e salienta que a atividade é de grande importância para a construção de uma universidade antirracista.

“Esse baile está marcando um momento importante na Ufes na perspectiva da construção de uma universidade antirracista. Estamos celebrando aqui a luta do povo negro, da/o universitária/o negra/o, das/os professoras/es negras/os, reunidos aqui com lideranças do movimento negro. É uma grande celebração do Mês da Consciência Negra”, ressaltou.

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