Uma Universidade popular se faz combatendo a exclusão. Para isso, é preciso que haja políticas e espaços efetivamente inclusivos que permitam que corpos trans estejam presentes e ativos nas mais diversas atividades acadêmicas desenvolvidas e também nos ambientes de convivência nos campi.
E, para a afirmação da população trans nos espaços universitários, a visibilidade torna-se estratégica para que essa ocupação possa ser cada vez mais ampla. Por isso, datas como o Dia da Visibilidade Trans (29 de janeiro) são importantes para que a sociedade supere a história de apagamento das pessoas trans e vislumbre um cotidiano em que sua presença seja compartilhada em todos os lugares.
É preciso lembrar que a transfobia no Brasil é atravessada por diversos outros fatores que tipicamente alimentam as opressões estruturantes da sociedade de classes, como raça, território, entre outros, azeitando a máquina capitalista. Em uma sociedade que se organiza em torno de modelos eurocêntricos, cisnormativos e patriarcais, a Universidade acaba por reproduzir essas opressões estruturantes em suas engrenagens. Por isso, a Adufes defende que o debate seja enfrentado e ampliado para que a população trans esteja cada vez mais presente no seio de nossa comunidade e para que possamos seguir avançando contra todas as formas de opressão.
Adufes