1 de maio: motivos não faltam para nos organizarmos para a luta!

Neste 1º de maio é preciso que estejamos organizados como classe trabalhadora tendo em mente que são muitos os motivos para que estejamos engajados nas lutas da categoria docente. Os salários já estão congelados há 7 anos e a recomposição emergencial aprovada  na Câmara Federal, de 9%, não repõe as perdas inflacionárias acumuladas em 26,94% só nos últimos 4 anos e em mais de 50% nos últimos 7 anos. Há ainda perdas históricas decorrentes da desestruturação das carreiras.

As condições de trabalho são cada vez mais precárias, com jornadas extrapoladas das horas semanais previstas em decorrência da não abertura de vagas para contratação de professoras/es diante de um aumento das demandas e do crescimento das universidades, sobrecarregando e adoecendo a categoria, que acaba tendo que trabalhar de graça para atuar no ensino, na pesquisa e na extensão.

Além disso, agora convivemos com a vulnerabilidade causada pelas ameaças e ataques de extremistas de direita que enxergam na educação uma inimiga a ser eliminada, e que já deixaram saldo de dezenas de mortos e feridos em escolas e universidades de todo o país. O terror que a situação impõe adoece ainda mais as/os docentes.

Esses são alguns dos inúmeros problemas que docentes do ensino superior têm enfrentado nos últimos anos e o Dia das/os Trabalhadoras/es é uma data de denúncia da situação vivida por toda a classe trabalhadora explorada pelo capital. Resistimos com muita luta às inúmeras opressões, cada vez mais elaboradas e perversas, impostas pelos grandes grupos empresariais e pelo capital financeiro, que pretendem maximizar lucros a qualquer custo, mesmo que o preço seja a vida de cada um de nós, com maior de perversidade para as pessoas negras, indígenas, LGBTQIAP+, pessoas com deficiência e mulheres.

Adufes