No dia Internacional da Educação (28 de abril) é importante lembrar que a reconhecida qualidade da educação oferecida nas universidades públicas brasileiras tem na presencialidade um dos principais pilares que possibilitam oferecer às/aos estudantes ensino, pesquisa e extensão. Desse modo, professoras e professores podem atuar como agentes educacionais que contribuem com o avanço da ciência e buscam caminhos para enfrentar os problemas sociais.
A proposta de implementação de até 40% de EaD nos cursos presenciais da Ufes – que tem sido discutida desde que o governo Bolsonaro publicou a Portaria nº 2.117 em 6 de dezembro de 2019 – inviabiliza que docentes acessem seu direito garantido de atuar no ensino, pesquisa e extensão, uma vez que a perspectiva da EaD é de professoras/es que atuem exclusivamente no ensino.
É importante lembrar que 99% da pesquisa realizada no Brasil é feita nas universidades públicas (dados da consultoria Clarivate Analytics) e que o avanço da EaD distorce a concepção de formação e universidade, num movimento de financeirização da educação que atende a interesses privatistas.
Os grandes grupos privados de educação buscam rebaixar a qualidade das universidades públicas para equipará-las às formações que eles oferecem em graduações por todo o país, sempre em busca de maximizar lucros, tratando educação como mercadoria, neste caso, de baixa qualidade.
Por isso, a Adufes dia Não à EaDização da universidade!
Adufes