Conselho de Representantes da Adufes proporá debate público com a Administração Central sobre o ataque à Educação por meio da “EaDização” de cursos presenciais

O Conselho de Representantes (CR) da Adufes irá propor um debate com representante da Administração Central da Ufes sobre a proposta de “EaDização” dos cursos presenciais. A decisão foi tomada em reunião do CR, realizada no dia 9 de maio. A Adufes segue no aguardo, desde 2022, de abertura do debate por parte da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) com a comunidade acadêmica.

Uma Comissão foi criada pela Reitoria para atuar em relação ao tema e a Prograd promoveu alguns eventos virtuais que pautam a implementação de até 40% de EaD (Educação a Distância) na carga horária dos cursos presenciais da Ufes. Contudo, os eventos tinham participação restrita a membros de Câmaras de Graduação e membros da Comissão. Essa movimentação se deu a partir da Portaria nº 2.117, de 6 de dezembro de 2019, do Ministério da Educação de Bolsonaro. Como não houve convite nem aos estudantes, base docente e nem aos sindicatos, a Adufes solicitou, por meio de Ofício, em 2022, autorização para participar dos eventos, tendo sido atendida. Também solicitou que as discussões sejam realizadas de forma presencial, com ampla participação, mas segue sem retorno.

A Portaria estabelece uma possibilidade e não a obrigatoriedade de implementação da carga horária EaD em cursos presenciais, daí a reivindicação da Adufes de amplo debate com a comunidade acadêmica sobre essa proposta de “EaDização”. O evento proposto pelo CR com a Administração Central é para que esse diálogo aconteça e para que seja apresentada um posição pública da atual gestão sobre o tema. A atividade será construída junto dos Grupos de trabalho de Política Educacional (GTPE) e Política de Formação Sindical (GTPFS), com convite à Prograd.

A Adufes tem feito visitas aos departamentos, distribuído material informativo e político, divulgado análises e campanha de comunicação contra a implementação de até 40% de EaD em cursos presenciais. A maioria das manifestações da categoria docente e a totalidade das manifestações de estudantes têm sido contrárias à implementação de EaD.

“A situação se agrava tanto em relação ao mérito em si – ou seja, a distorção imensa que a EaDização impõe, tanto de nossa concepção de formação, quanto de universidade -, quanto pelo método por meio do qual esse processo avança, seja na graduação ou na pós -graduação da Ufes”, alerta a presidenta da Adufes, Junia Zaidan.

O sindicato seguirá lutando pela presencialidade como valor fundamental da formação superior de qualidade, que é um posicionamento aprovado pelo Congresso do Andes-SN, instância máxima de decisão da categoria docente.

Em breve mais informações sobre o evento.

Adufes