Debate na Adufes aborda propostas para conservação ambiental do campus de Goiabeiras

Foram abordadas ações necessárias para a conservação dos fragmentos de manguezais, da vegetação de tabuleiro e dos afloramentos rochosos presentes no campus, assim como a sustentabilidade local

O Grupo de Trabalho de Política Agrária, Urbana e Ambiental (GTPAUA) da Adufes, em conjunto com a diretoria, promoveu nesta segunda-feira, 2, o “Seminário sobre projetos de conservação ambiental do campus de Goiabeiras”, na sede do Sindicato. Na ocasião, compuseram a mesa Luciana Thomaz Dias, do CCHN, o professor Gilberto Barroso, também do CCHN, e Eduardo Micelli Munhoz, da Superintendência de Infraestrutura da Ufes. O professor do CCHN, Luiz Claudio Ribeiro, integrante do GTPAUA, mediou o debate.

Entre as temáticas debatidas, estavam o Projeto da Unidade de Conservação do Campus de Goiabeiras, conforme estabelecido pela Resolução Consuni 47/2005. Esse ponto foi um dos encaminhamentos do evento que resultará em proposições para viabilizar ações concretas de proteção ao ecossistema local. O GTPAUA definirá os próximos passos a serem dados a partir do que foi discutido no evento.

O Plano Diretor Físico do campus de Goiabeiras, em conformidade com a Resolução Consuni 43/2017, também foi tema do debate. Ambas as resoluções abrangem questões cruciais relacionadas ao meio ambiente e à sustentabilidade local, incluindo o zoneamento ambiental.

Durante o Seminário, foi aberto espaço para uma discussão com a comunidade acadêmica sobre as ações destinadas à conservação dos fragmentos de manguezais, da vegetação de tabuleiro e dos afloramentos rochosos presentes no campus de Goiabeiras e a sustentabilidade local.

Omissão

O integrante do GTPAUA professor Luiz Claudio Ribeiro destacou durante o evento que é preciso que a comunidade acadêmica reconheça a sua omissão com o que ocorre no campus. Ele enfatizou que há legislação, profissionais qualificadas/os e recursos, mas que falta ação.

Segundo ele, isso resulta em problemas para o uso cotidiano do campus, como proliferação de mosquitos, por exemplo. Além disso, há espécies no local que são protegidas pela lei e o campus faz parte do imaginário da cidade e do estado. Ele criticou a forma como o campus de Goiabeiras se tornou uma “ilha” onde não se cumpre a legislação, enquanto se fala em defesa da Amazônia, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica, entre outros biomas.

O propósito central do evento foi informar e envolver a comunidade universitária, a fim de promover esforços conjuntos de diferentes setores da Ufes para transformar os projetos já existentes de sustentabilidade em realidade, aliando o uso do campus, com aproveitamento dos variados espaços dentro da instituição, à conservação do ambiente natural.

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