Assembleia da Adufes aprova Nota sobre as acusações dirigidas à Diretoria do Sindicato e ao Comando Local de Greve (CLG) Docente

A plenária foi informada de que as medidas administrativas e judiciais necessárias quanto às ilações sem provas publicizadas recentemente no Instagram já estão sendo adotadas pela Adufes

Clique aqui e leia a íntegra da Nota aprovada em assembleia.

A categoria docente da Ufes aprovou em assembleia geral realizada nesta sexta-feira, 7 de junho, uma nota sobre a acusações dirigidas à Diretoria da Adufes e ao Comando de Greve Local Docente da Ufes. O documento, elaborado previamente e lido durante a reunião, elucida diversas questões relacionadas a um procedimento de conciliação com estudantes que integram o Diretório Central dos Estudantes (DCE) promovido pela Defensoria Pública da União (DPU).

Além disso, a nota tem como objetivo trazer à luz fatos diante de ilações divulgadas no perfil do Instagram do projeto de extensão “Fordan: Cultura no Enfrentamento às Violências”, ligado ao Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da Ufes, em que lideranças da greve são acusadas de crimes como assédio.

Em 21 de maio de 2024, a Diretoria da Adufes recebeu, juntamente com o DCE, um e-mail encaminhado em nome do reitor da Ufes, Eustaquio Vinicius Ribeiro de Castro, com agendamento de uma reunião, requisitada pela DPU, “com intuito de construir uma mesa de mediação e solução de conflitos entre os mesmos”. Ainda segundo o ofício, havia o “intuito de apurar a ocorrência de violências contra os estudantes do Diretório Central de Estudantes no âmbito da Universidade Federal do Espírito Santo”.

Apesar da postagem do Fordan citar a Adufes e o CLG, o ofício da DPU não imputa nenhuma das acusações ao Sindicato e nem ao Comando. Após adiamentos da data da reunião a pedido do próprio DCE, o encontro foi confirmado para 3 de junho. Ocorre que as presidenta e vice-presidenta da Adufes, Ana Carolina Galvão e Jeffa Santana, foram ao encontro, realizado na Reitoria da Ufes e com representação da Administração Central, mas o DCE não compareceu e nem enviou justificativa para a ausência.

Sendo assim, a Adufes não pode ter acesso às alegadas práticas de violências para saber o que está ocorrendo e quem estaria as praticando, tendo em vista que o texto do Ofício enviado não especifica nenhuma dessas informações. As diretoras da Adufes relataram aos presentes seu desconhecimento dos relatos feitos à DPU. Mesmo assim, enfatizaram seu repúdio a qualquer tipo de prática violenta, caracterizada por agressões físicas, verbais, constrangimentos, assédios, ou qualquer outro tipo de eventuais condutas, caso tenham ocorrido, que extrapolem o respeito e a ética que devem alicerçar a relação entre integrantes da comunidade universitária.

Medidas judiciais

A origem das denúncias no Fordan, que não estava registrada no ofício da DPU, foi confirmada durante a reunião e, posteriormente, pelo próprio Fordan em uma postagem no Instagram em que acusa a Adufes e o CLG de crimes, agradecendo à DPU por uma mediação que, na verdade, não aconteceu, porque os denunciantes ou seus representantes não compareceram à reunião, o que resultou na perda do objeto do encontro, como registrado em ata.

Como nem a Diretoria da Adufes e nem o CLG sequer tomaram conhecimento formal do que estaria motivando as denúncias e diante das acusações de crimes publicizadas em perfil oficial do Fordan, o Sindicato já está adotando as medidas judiciais e administrativas necessárias para proteger a entidade e o grupo de professoras/es que integra a diretoria e o CLG, uma vez que não foram apontadas as violências supostamente sofridas, as provas de que elas ocorreram e nem mesmo as pessoas que teriam cometido os alegados crimes.

A nota aprovada pela categoria ressalta que nenhuma medida foi tomada contra a Adufes e tampouco contra o Comando Local de Greve (CLG) Docente da Ufes, porque não há nenhuma acusação registrada. Além disso, para “findar” as supostas violências, como afirma o Fordan, primeiro elas precisarão ser comprovadas. “Assédio é crime. Tratamos do assunto com a mais absoluta seriedade”, ressalta o texto.

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