Técnico-administrativos da Ufes mobilizados contra irregularidades no ponto eletrônico

Os/as trabalhadores fizeram uma manifestação na manhã desta quinta-feira, 13, no prédio da reitoria para protestar contra irregularidades identificadas no programa de implantação do ponto eletrônico e contra a forma como o processo está sendo conduzido pela universidade, sem concluir a discussão da jornada de trabalho.

Depois de ocupar o hall do prédio da administração central, os trabalhadores subiram até o andar da reitoria e acabaram sendo recebidos pela Pró-Reitora de Gestão de Pessoas, MariaLúcia Cassati, e pelo chefe de gabineteEdebrande Cavalieri. Na sala de reunião da reitoria, a insatisfação dos/as trabalhadores/as ficou evidente. “Não temos problemas em bater ponto, mas precisamos antes acertar a jornada de trabalho desta universidade. Temos um decreto que nos garante o cumprimento de 6 horas diárias (30 horas semanais). O reitor quer nos impor 8 horas diárias (40h semanais) e está implantando à revelia o ponto eletrônico. A categoria não aceita isso”, ressaltou o diretor do Sintufes, José Mageski.

O sintufes, inclusive, informou à Pró-Reitora sobre os problemas já identificados pelos servidores no programa de funcionamento do ponto biométrico que começa a entrar em funcionamento a partir da próxima segunda-feira, 17. O prazo final para o cadastramento dos servidores é 28 deste mês. A partir de 01/12, o ponto eletrônico passará a valer para todos/as.

IrregularidadeDe acordo com o sindicato, os aparelhos de ponto eletrônico não emitem recibo de presença, contrariando a lei. Tal irregularidade motivou o Sintufes a procurar o Ministério Público do Trabalho e o Ministério Público Federal. Este último, por sua vez, teria emitido parecer à universidade.A Pró-reitora, no entanto, disse que a universidade não havia recebido nenhum documento, mas se comprometeu a verificar isso pessoalmente para então levar ao conhecimento do reitor. “O que sei é que estamos fazendo tudo da forma mais transparente possível. Todos já tomaram conhecimento das determinações em torno do sistema eletrônico de ponto e qualquer outra decisão caberá ao reitor e ao Conselho Universitário”, informou Cassati.

Reunião.
O chefe de gabinete Edebrande Cavalieri se comprometeu em agendar reunião entre sindicato e o reitor ainda nas próximas horas. A categoria espera que a universidade encontre uma alternativa que possa garantir a flexibilização do ponto, sem trazer prejuízos para os servidores e nem afetar a qualidade da prestação dos serviços.

Assembleia. O ponto eletrônico será novamente ponto de pauta da próxima assembleia geral dos servidores a ser realizada na quarta-feira, “O ponto eletrônico é uma imposição da reitoria, que decidiu sozinha, sem respeitar as reivindicações dos trabalhadores. Nós defendemos a oficialização dos turnos de seis horas e  de preferência com toda a Ufes funcionando ininterruptamente em três turnos”, observou Wellington Pereira, também diretor do Sintufes.

Fonte: Adufes