Plenária da Adufes teve transmissão ao vivo da jornada de luta em Brasília

Categoria foi convidada a participar do 6º ato presencial em rechaço à Reforma Administrativa e pelo ‘Fora, Bolsonaro’, neste sábado, dia 2 de outubro.

Sem quórum para deliberar sobre a pauta, a diretoria deu consecução ao debate sobre a conjuntura.  A diretora Junia Zaidan, que participou das duas semanas da Jornada de Luta contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020 em Brasília, reforçou que essa não é uma pauta corporativista e que exige o envolvimento de todas e todos. A jornada entra em sua terceira semana consecutiva, na Câmara Federal, com a participação de diversas professoras e professores da base, que, assim como a diretoria, vêm se revezando na mobilização em Brasília.

Junia informou que servidoras e servidores federais, estaduais e municipais de todo o país estão em Brasília (DF) para pressionar parlamentares a se posicionarem contra a medida que ataca os serviços públicos e funcionalismo das três esferas. O texto da PEC que foi aprovado pela Comissão Especial da Câmara há uma semana, pode ir a plenário a qualquer momento e precisa ser barrado.

“Em sua sétima versão, após diversas irregularidades na condução dos trabalhos da Comissão e muita manobra do governo para contornar a pressão das trabalhadoras e trabalhadores do serviço público, a PEC 32 foi aprovada no dia 23/9, na Comissão Especial da Câmara dos Deputados”, recorda Junia. Ela salientou que novos elementos da conjuntura sinalizam um enfraquecimento do governo, mas que é preciso dar continuidade ao enfrentamento à PEC da destruição. O texto recebeu 28 votos favoráveis e 18 contrários na Comissão Especial.

As/os docentes fizeram várias perguntas sobre os principais impactos da PEC, inclusive no orçamento das universidades, que, desde 2014, vêm perdendo recursos e tendo seus serviços sucateados. Os principais ataques às/aos servidoras/es presentes no texto que irá a plenário incluem os riscos de fim dos concursos públicos, contratações temporárias por até 10 anos e servidoras/es trabalhando de forma precarizada, sem estabilidade, e à mercê de perseguições e assédio, a gestão de órgãos públicos por empresas privadas, entre outras medidas de desmonte.

Ao vivo com deputado Helder Salomão (PT). A presidenta da Adufes, Ana Carolina Galvão, que acompanhou a plenária e fez transmissões ao vivo da mobilização em Brasília, destacou em sua fala que as/os servidoras/es seguem fazendo o enfrentamento político que a questão exige. Na oportunidade, Ana Carolina e a Conselheira da Adufes, Ana Claudia Meira, abordaram o deputado capixaba, Helder Salomão (PT-ES), um dos parlamentares que tem se posicionado contra a PEC do desmonte dos serviços públicos.

Helder ressaltou os riscos da PEC, que poderá aprofundar a precarização dos serviços públicos e o fim dos concursos, causando o ingresso facilitado por meio da política de apadrinhamento e indicações.  “Os serviços essenciais conquistados com muita luta pelas/os trabalhadoras/es oferecidos à população socialmente mais vulnerável, como saúde e educação, estão em risco, por isso precisamos seguir na luta”, disse, parabenizando as/os servidoras e servidores públicos que seguem com a mobilização para derrubar a PEC 32 da contrarreforma administrativa em Brasília e nos estados.

O deputado também participou das lives promovidas pelo Movimento em Defesa de Direitos e Serviços Públicos de Qualidade, do qual a Adufes é uma das articuladoras, destacou ainda ao vivo que o momento é de unificação do movimento contra a PEC 32 e também de aumento da pressão pelo “Fora, Bolsonaro”, pois a batalha não está perdida. “Que possamos aumentar nossa mobilização, que também deve ganhar as redes sociais e o WhatsApp dos parlamentares”, insistiu.

Durante a transmissão, o parlamentar foi presenteado com uma bandeira do Sindicato Nacional e a camiseta “Não à Reforma Administrativa – servidores em luta”.  Ana Carolina reforçou a fala de Helder, destacando que é bastante representativa e nos anima para manter a mobilização. Parlamentares como Erika Kokai (PT-DF) e de outros partidos, como Alice Portugal (PcdoB-BA) e Talíria Petrone (PSOL-RJ) também se manifestaram tanto durante a transmissão, quanto na Comissão especial, de forma intransigente contra a PEC32, conhecida como a “PEC das rachadinhas”.

Diante da impossibilidade de apreciar a pauta da AG convocada, a presidenta Ana Carolina solicitou à base que se articule para comparecer à próxima AG, que elegerá a delegação ao Conad.

“O Conad vai discutir as principais pautas de luta que deverão ser remetidas ao Congresso, previsto para ocorrer no início do próximo ano, cujo formato poderá ser debatido agora”, disse. Ana lamentou a sobrecarga docente, que vem sendo insistentemente pautada junto à reitoria. “As/os professoras/es estão exauridas/os com extensão de carga horária de trabalho, o que tem dificultado a participação não só na plenária, bem como em outras instâncias de debate e construção da luta.

#2. A secretária geral da Adufes, Junia Zaidan, no final da plenária, convocou mais uma vez a categoria para o ato deste sábado, 2 de outubro. Em Vitória, as/os manifestantes se concentrarão na Ufes, às 14h, e marcharão pelas principais avenidas da cidade. Distanciamento físico, uso de máscara e álcool em gel são condições fundamentais para a participação no evento. A atividade de luta, que ocorrerá em todas as capitais do pais, é em rechaço à Reforma Administrativa e pelo “Fora, Bolsonaro”.

Adufes