O protesto contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo, realizado no final da tarde desta quinta-feira (6), foi duramente reprimido pela Polícia Militar.
Policiais usaram gás e balas de borracha contra os manifestantes nas avenidas 23 de maio e Paulista
Foto: Reprodução/Facebook MP
Os policiais usaram gás lacrimogênio e balas de borracha contra os manifestantes que fechavam a avenida 23 de maio com uma barricada de pneus em chama e, logo depois, ao fecharem as duas pistas da avenida Paulista . De acordo com o Movimento Passe Livre (MPL), que organizou a manifestação, a ação da PM resultou em vários manifestantes feridos.
A mobilização teve início às 17 horas em frente ao Teatro Municipal de São Paulo, no centro da capital paulista. Os manifestantes fizeram um protesto na porta da Prefeitura, no Viaduto do Chá, gritando palavras de ordem contra o aumento estipulado pela administração municipal, que elevou o preço da passagem de R$ 3 para R$ 3,20 no último dia 2. Depois eles realizaram uma manifestação dentro do terminal Bandeira e seguiram em passeata, passando pelas avenidas 23 de maio e 9 de julho. Por volta das 20 horas, a mobilização se concentrou na avenida Paulista e os manifestantes continuam sendo reprimidos pela PM até o momento (21h40).
Segundo o MPL, cerca de 4 mil pessoas participam da mobilização. No entanto, a PM afirma que são cerca de 2 mil. Este foi o primeiro grande ato contra o aumento das tarifas realizado pelo MPL neste ano. Outros protestos menores foram realizados desde o anúncio do reajuste e, segundo o movimento, mais mobilizações ocorrerão nos próximos dias. Para esta sexta-feira (07), o MPL convoca um protesto às 17 horas no Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste. Também haverá um novo ato na próxima terça-feira (11), às 17 horas, na Praça do Ciclista, na avenida Paulista, próximo às estações Paulista e Consolação do metrô.
O objetivo do MPL é conseguir a revogação do aumento. Além disso, o movimento reivindica o direito real ao uso coletivo do transporte público. “Cada vez que a tarifa sobe, aumenta também o número de pessoas excluídas do sistema de transporte”, informa o MPL em seu site.
Fonte: Brasil de Fato