Bancas de concursos públicos com representatividade étnico-racial também são luta contra o racismo estrutural

A Adufes tem se mobilizado pelo cumprimento da Lei 12.990/2014 na Universidade. A legislação reserva 20% das vagas em concursos públicos para docentes negras e negros, mas, faltando apenas um ano para se expirar a Lei, as providências a esse respeito na Ufes ainda são incipientes. O sindicato também segue na luta pela reparação dos anos em que a lei não foi cumprida.

Como sabemos, os concursos públicos têm seus resultados definidos pelo trabalho de bancas, que raramente têm docentes negras e negros em sua composição. Se, por um lado, isso é reflexo mesmo da baixíssima presença de negras e negros na universidade que a Lei 12.990/2014 deseja reparar, por outro lado, sem a consolidação de uma política não só para a reserva de vagas, mas também para a constituição das bancas nos processos seletivos, o racismo institucional se perpetua.

A presença de negras e negros será expressão institucional fundamental contra o racismo não apenas em bancas para vagas nas áreas ligadas à temática étnico-racial, mas em todas as áreas que a universidade abriga.

20% de cotas para docentes negras e negras nos concursos da Ufes já!

Adufes