Seis meses do massacre em Aracruz: audiência pública na Ales discute memória, reparação e cuidado

Para debater memória, reparação e cuidado, na data que marca os seis meses do massacre em duas unidades de ensino de Aracruz, foi realizada, na Assembleia Legislativa (Ales), uma audiência pública nessa quinta-feira, 25.

O professor da Universidade de São Paulo (USP) Daniel Cara – coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação (CNDE), representante da Defensoria Pública do Estado, subsecretário de Direitos Humanos do Estado, vítimas do massacre, familiares e membros da comunidade escolar participaram da atividade.

O debate foi promovido pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Casa, que é presidida pela deputada estadual Camila Valadão. A atividade foi articulada com o Fórum Antifascista do ES, do qual a Adufes faz parte. O sindicato apoiou a audiência, e foi representado pelo diretor Luciano Vidon.

“Foi um evento único, na própria opinião do professor Daniel Cara, que é um estudioso desse tema há muitos anos, por essa diversidade de vozes para discutir a questão. O que ficou patente nas falas é a necessidade de não silenciamento diante desses massacres, diante desses eventos de natureza neonazista e neofascista, que temos que enfrentar, combater, refletir e não silenciar. Não fazer de conta que são eventos isolados, que são eventos que não têm uma base de articulação. Eles têm organizações que atuam no submundo da web”, explica Luciano Vidon.

Sobre a articulação do Fórum Antifascista, criado após o massacre em Aracruz, que vitimou Selena, Penha, Cybelle e Flávia, Vidon destaca que a Adufes foi uma das primeiras entidades a pautar as discussões. “Logo após o acontecido em Aracruz, a nossa entidade foi a primeira a abrir as portas do sindicato para essa reflexão e para proposições e continua acompanhando as ações do movimento”, diz.

Adufes