Adufes já se pronunciou ressaltando que não admitirá que atos racistas ocorram em lugar algum, mas em especial na Universidade e na sua sede
Estudantes, docentes e técnicas/os administrativas/os fizeram um protesto na noite de terça-feira, 31 de outubro, no campus de Goiabeiras, repudiando episódios de racismo nas dependências da Adufes. As/Os manifestantes percorreram o Centro de Educação (CE) e o Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN), fizeram um ato na cantina do Honofre, e seguiram para o edifício da Adufes, onde realizaram novo ato e ocuparam a sala do café.
O mais recente episódio, desta vez denunciado formalmente à Adufes, aconteceu no dia 26 de outubro, na sala do café, na sede do Sindicato, no campus de Goiabeiras da Ufes. De acordo com a denúncia, uma estudante, um servidor técnico administrativo e uma docente integrante da diretoria da Adufes, todas/os negras/os, receberam tratamento ofensivo e discriminatório por parte de outros docentes presentes no local por conta da presença do técnico na sala, que aguardava a estudante, tudo feito em tom agressivo.
Em nota, a Adufes reiterou que a sala é destinada a docentes, mas que isso não significa, “de forma alguma, segregação, impedimento ou patrulha em relação às outras pessoas que desejem entrar no local”.
Importante ressaltar que pessoas brancas que não são docentes filiados/as costumam ir ao local e não há relatos ou reclamações de que tenham recebido esse tipo de abordagem.
Outro caso
Em setembro deste ano, outro caso aconteceu no local, envolvendo outras docentes brancas que, na presença de docentes negros/as, proferiram expressões como “essa negrada” e “burros”, defendendo que estudantes negras/os deveriam fazer cursos não acadêmicos. Na ocasião, as pessoas envolvidas decidiram não fazer a denúncia formal, mas relataram o ocorrido.
A Adufes já se manifestou ressaltando que não admitirá que atos racistas ocorram em lugar algum, mas em especial na Universidade e na sua sede, que são “espaços que deveriam ser potência para a luta antirracista e não a extensão afrontosa da chaga racista que percorre toda a nossa história”. O Sindicato já está tomando as medidas necessárias para que casos como esses não se repitam.
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